Aláfia trata as feridas sociais com beats pesados no novo disco “SP Não É Sopa”

10/02/2017

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Ariel Fagundes

Por: Ariel Fagundes

Fotos: Edu Pimenta/Divulgação

10/02/2017

Saiu agora pouco o terceiro disco de estúdio do Aláfia e pode se preparar que é uma pedrada.

SP Não É Sopa chega pesado, com letras que jogam álcool nas maiores feridas sociais da capital econômica do Brasil. A gentrificação, o medo, o crack, a violência de todos os tipos, especialmente aos mais marginalizados, está tudo ali.

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Já a sonoridade é essencialmente negra, ora mais dançante, ora mais viajante, sempre flutuando entre beats densos e melodias sutis, sustentadas pelas vozes não somente de Eduardo Brechó, Xênia França e Jairo Pereira, mas também por vários outros vocais convidados.

Estão no disco Tássia Reis, Raquel Virgínia e Assucena (da banda As Bahias e a Cozinhas Mineira), Marcela Maita e Luísa Maita (filha e irmã, respectivamente, de Marcelo Maita, tecladista do histórico grupo de rap Região Abissal, que por sua vez é filho do sambista Amado Maita) dentre outros cantores. João Parahyba, percussionista do lendário Trio Mocotó, também está no álbum.

Produzido e dirigido por Eduardo Brechó, SP Não É Sopa traz 11 faixas que são a trilha sonora da cidade. “São Paulo é uma relação de amor e ódio mesmo. Pensei muito nas grandes trilhas de blaxploitation para produzir esta homenagem concreta e ácida”, comenta Brechó em comunicado à imprensa.

Traços de samba, funk, rap, disco, dub e candomblé fervem no caldeirão negro do Aláfia. Ouça abaixo:

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10/02/2017

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