#BQVNC |A nova geração do vintage rock com o Bordines

04/03/2016

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos: Carolina Ferronato

04/03/2016

Esta história começa como muitas outras: quatro garotos fãs de rock se juntam para formar uma banda. Isso foi em 2013, quando eles nem tinham saído do colégio ainda. O primeiro single, “O Seu Problema”, veio um ano depois e foi produzido por João Augusto Lopes, o Jojô, do Wannabe Jalva.

Agora, o Bordines acaba de lançar seu primeiro EP. São quatro faixas, todas compostas pela própria banda, que é formada por João Carneiro (guitarra e vocal), Eduardo Comerlato (guitarra), Yan Woehlert (baixo e vocal) e Guilherme Boll (bateria).

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Para a empreitada, eles contaram novamente com o parceiro Jojô, que produziu “Parece Pouco” em seu estúdio, o Nas Montanhas. As outras três músicas – “Como Eu Era Antes”, “Hey, Bill” e “Q. I. V. A.” (Quando Isso Vai Acabar?) – ficaram aos cuidados de Meinel Waldow (Fire Department Club) e Guilherme Schwertner (Fire Department Club, Bidê ou Balde), do Estúdio Legato. Já a masterização do EP é assinada por Bruno Suman.

Ouça o EP homônimo do Bordines e leia a entrevista com a banda logo a seguir.

Qual a história do Bordines?
Yan: Conheci o João na casa da praia do antigo guitarrista, que era vizinho de um amigo. O João estava tocando violão e, um tempo depois, o instrumento caiu na minha mão. Toquei o baixo de “I Wanna Be Adored”, do Stone Roses, e ele ficou surpreso e feliz por eu também gostar da banda. Naquele momento, surgiu uma empatia. Eu já tinha uma banda, mas passei um tempo incomodando o João pra tocarmos juntos. Aí, quando o baixista da banda dele, o Supernova, se afastou, ele me chamou. Optamos por mudar o nome e virou Bordines, que surgiu porque ensaiávamos na rua Coronel Bordini, em Porto Alegre.
Boll: Eu e Yan fomos colegas lá pelos 3 anos de idade. Perdemos o contato quando mudamos de colégio. Eu já tocava no Supernova e, quando o João o chamou, eu não sabia que era o mesmo Yan que tinha sido meu amigo na infância. O rock nos reuniu.
Yan: Conhecemos o Eduardo num show numa casa em construção. A festa ficou conhecida como Noite de Pedreiro, porque a casa estava com tijolo exposto, concreto secando e só tinha duas tomadas que funcionavam naquela altura da construção para ligar todos os equipamentos. Com a saída do antigo guitarrista, o Dudu foi o que melhor se encaixou.
Eduardo: Conheci o João no colégio, mas ficamos amigos na faculdade de jornalismo, em 2014. No fundo, sempre senti que iria tocar com eles. O Yan eu conheci em um show da própria banda e fiquei impressionado com a presença dele. Em janeiro de 2015, o João me ligou convidando pra entrar e tudo se encaixou.

Quem são as referências da banda?
João: Beatles, Rolling Stones, The Kinks, The Jam, Stone Roses, Oasis, Kula Shaker, Blur, Kasabian e Jupiter Maçã são algumas delas.
Yan: A banda é fortemente influenciada por bandas britânicas, como The Jam, Stone Roses e Kasabian. Entre as bandas nacionais, colocaria a influência dos Mutantes, Ira! e alguma coisa de Chico Science & Nação Zumbi, especialmente por ser uma música marcada por guitarras que consegue usar percussões e ter uma característica mais swingada (o que adoramos). Prezamos por um rock que permita dançar ou se sacudir (risos). Não gostamos do lance de bater cabeça.

De onde vocês sentiram que veio mais apoio neste começo de banda?
João: Tem algumas pessoas importantes, que ouviram e gostaram desde o início, como o Carlinhos Carneiro, do Bidê ou Balde.
Yan: O Jojô nos abraçou e nos ajudou muito no início da profissionalização da banda. Crescemos muito com ele. Trabalhamos juntos por mais ou menos um ano e meio. Ele produziu nosso primeiro single e uma das canções do EP.

Como rolou o processo de produção do novo EP?
Yan: Foi uma das partes mais legais. Nos ajudou muito a ampliar a perspectiva sobre as nossas próprias músicas, entender o que cada canção quer passar e descobrir a melhor maneira possível de transmitir isso, filtrando todas as nossas influências e chegando a algo próprio. Música dá muito trabalho, mas é o melhor trabalho do mundo.

Estão satisfeitos com o resultado?
Boll: Estamos bem contentes. É um sonho que está se realizando. Demoramos um tempo trabalhando nisso. Foi demorado, mas está como a gente quis, do nosso jeito, com as nossas idéias, que foram trabalhadas e discutidas ao longo do tempo.
Yan: Me sinto realizado. Foi um ano de muito trabalho, dedicação, discussões e diversão. É também a realização e a materialização de um sonho. Vou guardar pra sempre essa obra, pela qualidade e pelas memórias. O EP não ficou exatamente do jeito que imaginávamos (ainda bem!), aprendemos muito e conseguimos fazer as canções crescerem muito, assim como nós. Estou muito satisfeito com o trabalho. Considero a qualidade como altíssima para o primeiro EP de uma banda.

E os próximos passos da banda, quais são?
João: Vamos começar a trabalhar em músicas novas (algumas delas já são tocadas nos shows), ter novas ideias e seguir em frente pra lançarmos mais material. Além disso, queremos tocar no maior número de lugares, cidades, estados e países possíveis, fazendo com o que o nosso som chegue até as pessoas e que elas possam aproveitar isso da melhor maneira possível.
Yan: Queremos divulgar bem esse EP, pra levar nosso nome ao maior número de pessoas possível, mas a banda não tem planos de parar. Temos outras boas composições e muitas outras esperando para ser trabalhadas. Temos a ambição de tocar em festivais maiores e de sermos reconhecidos. Trabalhos muito pra isso e levamos a banda com seriedade.

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04/03/2016

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