Resenha | Disclosure vai da pista de dança à festinha entre amigos

29/09/2015

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Giovani Barbieri

Por: Giovani Barbieri

Fotos: Divulgação

29/09/2015

Se tem uma coisa que Disclosure fez de melhor nos últimos dois anos, após o lançamento de Settle, seu álbum de estréia, foi ter levado pistas ao redor do mundo à loucura com o seu eletrônico future garage. Lançando verdadeiros hits, os irmãos e produtores Guy e Howard Lawrence invadiram os clubes e aproveitaram a ascenção do EDM para garantir o seu espaço nas primeiras posições das paradas musicais do planeta. Agora, Disclosure lançou o seu segundo álbum, Caracal, mas quem esperava ouví-lo novamente nas pistas de dança pode ficar um pouco frustado.

Não que eles tenham perdido sua essência. Pelo contrário, o duo se manteve firme às suas raízes house e batidas dançantes, mas com um som que cairia muito melhor em uma festa em casa com amigos do que em uma balada lotada. O álbum começa com a faixa “Nocturnal”, produzida em parceria com The Weeknd, o novo fenômeno da cena pop do ano, e continua, na sequência, misturando R&B à música eletrônica na faixa “Omen”, em conjunto com Sam Smith.

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Trazendo ao álbum o vocal de grandes artistas como Lion Babe, na música “Hourglass” e Lorde, que colaborou na faixa “Magnets”, Caracal apresenta-se como um um bom trabalho de Disclosure. Além disso, o álbum impressiona em alguns momentos, como em Holding On, que explora os vocais do jazz man Gregory Porter incrivelmente bem ao misturá-los com música eletrônica.

Contudo, Caracal talvez pudesse ser considerado um excelente trabalho caso não tivesse sido sufocado pela expectativa gerada com a participação de grandes nomes ou caso não houvesse Settle para ser comparado. Ainda assim, o álbum foge do padrão pop comercial e, ainda que não cobice as pistas de dança como o seu antecessor, pode muito bem ansiar ótimas posições nas paradas musicais.

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29/09/2015

Giovani Barbieri

Giovani Barbieri