Entrevista | 5 perguntas para alt-J

29/10/2018

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Brenda Vidal

Por: Brenda Vidal

Fotos: Reprodução

29/10/2018

Conhecidos pelo indiscutível hit “Breezeblocks” e por ser figurinha carimbada nos principais festivais pelo mundo, o alt-J brindou o ano de 2018 com o lançamento de Reduxer, a versão remixada do álbum Relaxer (2017).

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No trabalho mais recente, eles apresentam 11 faixas com uma nova roupagem influenciada pelo hip hop, contando com parcerias de várias gerações do rap, de Pusha T a GoldLink, e de várias partes do mundo, como o alemão Kontra K, o porto-riquenho PJ Sin Suela e o australiano Tuka.

A NOIZE teve a oportunidade de bater um papo com o tecladista Gus Unger-Hamilton sobre o desenvolvimento do disco. Dê play em Reduxer e confira:

Como a ideia de fazer um disco remix nasceu e se desenvolveu?
Bom, nós sempre tivemos interesse em hip hop e em misturar isso na produção das nossas músicas. Então, nós pensamos que seria interessante ver o que aconteceria se pedíssemos para alguns rappers fazerem versões e remixes das nossas músicas. E eles disseram que, bem, poderiam fazer todo o álbum, então fizemos.

Relaxer é um álbum marcado pelo eclético e marcado pelo experimentalismo. Reduxer tem uma pegada mais urbana, mais hip hop. Como esses dois discos se relacionam? O que era essencial manter de um para outra para criar uma conexão?
Sim. Nós achávamos que os sons de Reduxer deveriam ser influenciadas pelas músicas originais nos remixes. Basicamente, nós queríamos que os álbuns se conectassem pela diferença, são trabalhos diferentes e foi assim que fizemos o álbum. Nós queríamos ter certeza que os remixes de Reduxer tivessem elementos reconhecíveis das músicas originais, mas não estávamos preocupados que se conectassem.

Como aconteceu a escolha das parcerias em Reduxer? O quanto elas foram importantes para o conceito e o processo do Reduxer?
Bom, nós conhecíamos alguns dos artistas ou conhecíamos o seu trabalho, como Danny Brown, Pusha T, então perguntamos para a nossa gravadora nos Estados Unidos e no Reino Unido se eles poderiam entrar em contato com esses caras e também pedimos para eles encontrarem novos talentos do hip hop. Então, descobrimos pessoas como Little Simz, Hex, Paigey Cakey, então foi uma combinação, conhecíamos alguns, descobrimos outros.

Quais eram as expectativas durante o processo de criação e como vocês avaliam a recepção do público? Estão felizes com o álbum?
A gente esperava que os fãs fossem gostar, ainda mais os que são fãs de hip hop, eles não se veem só como fãs de música indie. Achamos que seria algo que fãs jovens iriam gostar, o que é muito legal. Sobre a recepção, eu acho que tá sendo bem bacana. Alguns fãs no twitter tem dito “Uau, não sei o que pensar sobre esse novo direcionamento”, mas não, não é um novo direcionamento, é um álbum de remixes. E eles ficam “Ah, okay, legal” e acabam gostando. Então eu acho que a maioria das pessoas quando entendem o conceito vão com os ouvidos mais abertos.

O que você tem ouvido ultimamente? Você consegue citar alguns artistas ou faixas que você não para de ouvir nos últimos tempos?
Eu ando curtindo muito uma música chamada “Fool”, de uma banda irlandesa chamada Villagers, tenho ouvido “Offence” do Little Simz, também “Woman”, uma parceria entre a Lana Del Rey e a Cat Power, e também a banda Idles, eles estão fazendo muito sucesso no Reino Unido.

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29/10/2018

Brenda Vidal

Brenda Vidal