Eles já fizeram a trilha sonora da adorada série Gossip Girl, já colaboraram com Gorillaz, com TV on the Radio, SBTRKT e Raphael Saadiq, e seu mais recente disco, Ritual Union, os colocou entre os queridinhos do electro anos 00.
Pois hoje, 2 de novembro, o grupo sueco Little Dragon está em São Paulo.
Ao contrário de sua apresentação no Sónar 2012, desta vez eles trazem ao Brasil seu DJ Set – é lançamento do álbum de estreia do dejota Renato Ratier no Grand Metrópole, e os suecos são convidados especiais da festa (veja os detalhes logo abaixo).
Sabendo que a noite promete chacoalhar esqueletos conversamos com o baterista Erik Bodin e o baixista Fred Wallin sobre música, bebidas e o café da manhã perfeito para o day after. Ah, e eles já avisam: neguinho com cara de brabo pode ir pra casa dormir.
Vocês vêm de Gotemburg, na Suécia, mas com “Ritual Union” ganharam fãs e se apresentaram em todos os cantos do planeta. O que torna a música do Little Dragon tão universal?
Talvez seja a linda voz da Yukimi? Talvez as linhas gordas de baixo do Freddy? Quem sabe o som único dos sintetizadores do Håkan ou a bateria bombástica do Erik? Isso é algo que a gente também pensa sobre, sem encontrar resposta. De qualquer maneira, a gente está muito feliz por poder viajar ao redor do mundo e ver nossa música ser tão apreciada.
Mas vocês diriam que o Little Dragon soa como um grupo sueco de alguma forma, ou realmente não? Ainda faz sentido categorizar um artista por seu lugar de origem ou até mesmo gênero?
O fato de a gente viver e fazer nossa música na Suécia dá uma certa cor para a nossa música, sem dúvida. Mas realmente não achamos que o Little Dragon soa particularmente sueco. Nós sempre tivemos um ponto fraco para os ritmos e sons universais. É legal se livrar do conceito de países, e do que as pessoas consideram que representa o som específico daquele país.
Vocês estão prometendo um novo álbum para 2014, e já disseram por aí que há vários vídeos sendo criados pra ele e ainda a possibilidade de um curta-metragem. O quanto a estética, as artes visuais são importantes pra música?
São muito importantes. Nós temos tido sorte de poder trabalhar com pessoas muito criativas das artes visuais. Poder fixar os olhos em algo que acende a faísca da fantasia enquanto você está ouvindo música é uma combinação imbatível.
Qual o álbum que mudou a vida de vocês?
“Electric Ladyland”, do Jimi Hendrix. Que cara! Que banda! Que disco atemporal. Épico!
Quantos shots de tequila vocês conseguem beber até se perderem?
Uma tequila. Porque nunca vai parar em apenas um shot (risos).
Qual é a track perfeita pra incendiar a pista de dança?
“Sometimes Big Fun”, do Inner City. Ou algo da Janet Jackson.
E o café da manhã perfeito para o day after?
Fruta, água de côco e um croissant. Ah, e bastante água!
A melhor festa que vocês já fizeram foi em?
Deve ter sido essa festa em Soweto, África do Sul, no Chav Pozi. O clube inteiro virou um só. Não sei quem era o DJ, mas ele (ou ela) fez aquele lugar pegar fogo. Estava todo mundo sorrindo e dançando por horas e horas. Espero que a festa em São Paulo entre nessa lista, com a gente rodando algumas tracks.
O que vocês pretendem tocar pra que isso aconteça?
Vamos tocar um pouco de Janet Jackson, um pouco de House Sul Africano, uma pitada de ChicagoHouse, talvez um pouco de RnB oitentista, alguma coisa de Acid e um pouco de Italo Disco aqui e ali. A gente gosta de fazer a coisa acontecer e realmente se divertir quando somos DJs.
E se vocês fossem promover a festa mais sensacional de todos os tempos, qual aquela uma pessoa que vocês definitivamente não convidariam?
É difícil não convidar todo mundo. Mas qualquer um que trouxer uma arma e tiver cara de brabo pode ir pra casa dormir.
Saiba mais:
O que: Lançamento de Black Belt, álbum de estreia do DJ brasileiro Renato Ratier
Com quem: Little Dragon DJ Set, o britânico Hector e Dubfire (ex-Deep Dish)
Onde: Grand Metrópole – Avenida São Luís, 187, na Galeria Metrópole
Mais informações: www.d-edge.com.br
(Foto: Sarah Cooper)