Um ano depois da sua primeira passagem pelo Brasil, os ingleses do The Vaccines já estão tudo pronto para retornar ao país. A banda, que lançou recentemente o disco “Come of Age”, participará da segunda edição do ClubNME São Paulo, no Grand Metropole, no próximo sábado. A abertura da noite ficará por conta da banda Inky, que foi escolhida pelo público em uma votação popular.
Com o status de uma das bandas mais enérgicas da atualidade, o The Vaccines vem conquistando diversos prêmios, tanto por conta dos seus trabalhos de estúdio como por causa dos seus shows. E foi para saber um pouco mais sobre o que a banda reserva para o Brasil que conversamos com Árni Arnason, baixista do grupo.
A banda foi formada cerca de três anos atrás. O que mudou no som do The Vaccines depois de todo esse tempo?
Eu realmente não sei dizer se algo mudou. Estamos mais confortáveis, mais confiantes e mais velhos. Não sei o quanto isso afeta a nossa música, mas continuamos trabalhando com a mesma naturalidade de antes.
A primeira vez que vocês vieram ao Brasil foi no ano passado. O que vocês se lembram daquele show?
Foi incrível! Nós ficamos uns dois em São Paulo, o que nos possibilitou aproveitar um pouco mais a cidade, algo que não acontece normalmente durante uma turnê. O show foi ótimo, o público foi impressionante. Eles nos passaram uma energia que poucas vezes vimos igual. Além disso, o voo que fizemos, de São Paulo ao Rio de Janeiro, também foi algo muito bonito, que eu me lembro até hoje.
No Brit Awards, vocês foram indicados na categoria “melhor banda ao vivo”. O que torna o show de vocês algo tão especial?
Isso é uma boa pergunta, porque eu não sei a resposta (risos). Talvez seja pelo fato de que nada o que a gente faz seja calculado. Nossa ideia é sempre apresentar alguma coisa nova, quebrar alguma regra que nós mesmos criamos. E fazemos isso sempre do melhor jeito possível, porque realmente amamos tocar ao vivo.
Vocês andaram se apresentando nos maiores festivais da Europa, mas estão vindo para tocar num lugar menor no Brasil. Em qual situação vocês se sentem mais confortáveis? Tocando para milhões de pessoas ou para uma plateia muito mais próxima?
Eu amo tocar em lugares pequenos. Para mim, ficar distante do público está longe de ser uma coisa legal. Prefiro ficar perto do que a metros de distância dos nossos fãs. Acho que é assim que a nossa música funciona melhor.
Os dois discos do Vaccines saíram também em vinil. Vocês são fãs do formato? Colecionam LPs?
Sim, eu sou grande fã de discos. Escutar um CD não passa a mesma emoção a intensidade que só o vinil consegue transmitir.
“Come of Age” foi lançado em setembro do ano passado e atingiu o topo das paradas britânicas na época. O disco ainda tem alguma coisa para render ou vocês acham que já está na hora de pensar em um novo material?
A verdade é que nós estamos sempre pensando em músicas novas. Tanto é que nessa turnê nós já estamos tocando algumas músicas inéditas, que estamos preparando para gravar. Nosso ciclo de trabalho sempre foi assim, nunca deixamos de pensar em novas composições.
Muito se fala das bandas britânicas no Brasil. Tem vocês, o Foals, o The xx, e outras. A Inglaterra é o melhor lugar para se fazer rock hoje em dia?
Ah, com certeza! Eu acho que o Reino Unido, como um todo ,tem essa coisa de “cultura pop” muito forte. Então, acho que é meio natural que surjam tantas bandas por aqui. Algumas conseguem se destacar e fazer sucesso, como essas que você falou. Mas eu diria que há outros lugares no mundo com muitas bandas legais também, como é o caso de São Paulo. Me lembro de ter ouvidos algumas bandas do seu país que eu gostei bastante.
O Club NME São Paulo com o show do The Vaccines será realizado no próximo sábado, dia 18 de maio, no Grand Metropole. O evento teve um concurso que elegeu a Inky como a banda de abertura e continua com ingressos à venda, por R$ 180 (inteira) e R$ 90 (meia-entrada). Para garantir o seu, é só clicar aqui.