Quase três anos depois de estrear com “Journal de Bad” (2010), a cantora carioca Bárbara Eugênia está de volta com um novo disco. “É O Que Temos”, o seu segundo trabalho, foi lançado pela plataforma online Rdio em maio e hoje o CD já está disponível nas lojas de quase todo o Brasil.
O segundo disco de Barbára Eugênia reflete justamente o que ela tem de mais marcante nessa sua nova fase: músicas mais maduras e um estética hippie, muito ligada ao rock dos anos 70. E foi para descbrorir o que “É O Que Temos” tem que conversamos com a cantora.
“É o Que Temos” foi lançado exclusivamente pela plataforma online Radio. Por que essa escolha?
O disco foi disponibilizado primeiramente na plataforma, mas já está nas lojas. Acho que o formato CD está um pouco ultrapassado, mas acho bacana ter o físico, sempre quero ver o encarte, ler as informações e ainda pretendo lançar em vinil.
Três anos separam o primeiro disco de “É o Que Temos”. Por que todo esse tempo de espera?
Não chegam a 3 anos, são 2 anos e meio. Foi o tempo que rolou… Precisava de meios para lançar e gravar e surgiu a oportunidade pela Oi quando ganhei o Festival MPTM.
Foram feitos dois shows de lançamento do álbum “É o Que Temos”, um no Rio de Janeiro, no dia 25 de maio, e outro em São Paulo, no dia 1º de junho.
Por enquanto isso, mas quero viajar pra todos os lugares e apresentar o disco.
“É o que Temos” mistura letras em português, inglês e francês. Como é que você faz essa escolha? Quando é que você percebe que a música “merece” um idioma?
Não é uma escolha, as músicas simplesmente me vêm assim…
Muito tem se falado que “É o que Temos” possui as mesmas influências e referências sonoras de “Journal de Bad”, seu primeiro disco. Mas e de diferente, o que ele possui?
Acho que é um disco mais aberto, mais abrangente… E acho que é uma progressão natural do primeiro. Tem a mesma raiz, mas se expandiu para novos horizontes.
O disco está recheado de participações, de gente como Tatá Aeroplano, Pélico, Guizado e Régis Damasceno. O que as suas contribuições agregaram ao disco?
Agregam um valor inestimável, são colaborações musicais, emocionais de amigos músicos de quem sou fã e admiro, e tudo casou muito bem para o resultado final.
No primeiro disco, você mesma cuidou de toda a produção. Dessa vez, Edgar Scandurra e Clayton Martin foram os produtores. Por que essa mudança?
Meu primeiro disco foi produzido pelo Junior Boca e o Dustan Gallas. O que fiz foi cuidar de toda a parte burocrática, lancei de forma independente. Mudei de produtores porque a vida levou para esse caminho. São dois parceiros e amigos como da primeira vez e trouxeram suas referências, seu conhecimento para o trabalho novo. Isso só enriqueceu!
Há um consenso, sobretudo no meio artístico, que beleza sempre ajuda. Mas, para você, gostaria de perguntar justamente o contrário. O quanto que ela atrapalha a sua carreira?
Não sei até que ponto ajuda ou atrapalha. Nunca sofri com isso e nem me preocupo.
E daqui para frente, quais são os seus planos?
Pretendo tocar muito, fazer shows no Brasil todo e fora também, se tudo der certo!
Para encerrar, uma última pergunta. Se você não fosse cantora, o que você gostaria de fazer?
Tanta coisa que já quis fazer… Não tenho ideia do que estaria fazendo agora a essa altura.
(Foto: Marcos Vilas Boas)