Entrevista | Larissa Luz: colorindo e ressignificando territórios conquistados

20/11/2018

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Brenda Vidal

Por: Brenda Vidal

Fotos: Reprodução

20/11/2018

Despudorada, descolonizada, filha Oyá. Larissa Luz provou que não nasceu para ser adestrada e escureceu as ideias no potente Território Conquistado (2016), segundo disco da carreira. Desbravando e conquistando territórios, a cantora baiana fincou o pé e convoca você a povoar, colorir e ressignificar os novos espaços.

Deslizando e flutuando no ciclo do último trabalho, ela já se prepara para o lançamento do terceiro disco. Antes de deixar Território Conquistados pra trás, ela se apresenta com a turnê no Agulha, em Porto Alegre, já nesta quarta-feira, 21, pelas mãos do Projeto Concha. Se ainda não comprou o seu ingresso, garanta aqui.

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Solta o player e confira nossa bate-papo com Larissa sobre a fase atual de transição e o que vem por aí.

Como você avalia o ciclo do Território Conquistado? O que você conquistou nesse meio tempo?

Foi divisor de águas! Foram várias cidades, festivais… numa conexão direta com um público que se envolveu emocionalmente com o trabalho me abastecendo de vontade de seguir! Me senti conquistando autonomia. Capacidade de acreditar. Me aproximei de artistas que sempre admirei experimentei a dança num lugar mágico de troca com mulheres que transcendem…

Como estão os preparativos para o próximo disco? A produção será do Rafa Dias (ÀTTØØXXÁ) correto? O que você pode adiantar sobre o álbum?
Tá rolando! O disco tá nascendo! O Rafa tá produzindo e é uma troca boa… ele é um mago, saca a alquimia dos elementos pra fazer geral balançar. Queria isso! Swing, balanço, fervo, suor… prepara o corpinho que vai bater, ui!

Você comentou em outra entrevista que o disco abordará temas mais místicos do que o álbum anterior. Que diferenças você vê entre esses trabalhos?
Continuo abordando temas políticos relacionados às nossas pautas, mas de uma maneira um tanto mais acessível, talvez! Sinto que no [disco] Território eu cheguei dando pé na porta e fincando bandeira nos espaços … nesse disco, quero convidar! É mais colorido apesar de ácido! É festivo!

Seu trabalho faz uma ponte entre estéticas contemporâneas, muito ligadas à linguagens eletrônicas, com uma ancestralidade negra muito profunda. Como é o seu trabalho de unir esses universos?
Venho pesquisando isso há um tempo. Comecei a interagir com o ableton live, um programa de produção musical, e percebi o quão vasto é universo da música eletrônica, quantas ferramentas ele nos oferece… mergulhei em ritimos como dance hall, kuduro, trap… e fui vendo o que as claves percussivas de ritmos com ijexá, samba duro, samba reggae tinham a ver com aquilo tudo. Eu me divirto com as descobertas e experimentos. É o nosso mundo! Adoro fazer essa colagem!

Você tocará em Porto Alegre pela primeira vez, o que espera do show?
Eu amo desbravar novos espaços e acessar pessoas que ainda não visitei! Tô animada pra adentrar os corações de Porto Alegre. Aberta a troca e disponível pra uma entrega visceral! Vem comigo!

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20/11/2018

Brenda Vidal

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