The National sem problemas

18/09/2013

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Por: Revista NOIZE

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18/09/2013

O The National precisou de apenas dez anos de carreira e cinco discos de estúdios para se tornar uma das bandas mais importantes do indie rock e do post-punk nos Estados Unidos. O grupo, que lançou em 2013 o elogiadíssimo “Trouble Will Find Me”, vive agora o melhor momento da sua carreira.

E depois de se apresentar pelos principais festivais de verão na América do Norte e na Europa, o The National quer agora levar o repertório de “Trouble Will Find Me” para os países periféricos. Foi para falar sobre a repercussão do álbum e sobre o Brasil – país que a banda já tem alguns contatos para se apresentar no final de 2013 e no início de 2014 – que o baixista Scott Devendorf atendeu a nossa ligação.

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“Trouble Will Find Me” foi lançado em maio e alcançou o topo das paradas em quatorze países. Para você, o que torna esse disco tão especial?

Eu acho que conseguimos chegar exatamente onde queríamos com “Trouble Will Find Me”. Não só em relação às músicas, mas com todo o processo de gravação também. Por mais que não tenha sido fácil compor o álbum e formatá-lo no estúdio, nós ficamos muito felizes com o resultado final. “Trouble Will Find Me” tem músicas muito boas, grandiosas. Nós trabalhamos muito duro para tê-lo pronto, acho que isso é o que torna o álbum especial, para nós e para os nossos fãs.

Os discos do The National falam muito sobre vocês mesmos. Matt Berninger e Aaron Dessner são pais agora. Como podemos perceber isso representado no “Trouble Will Find Me”?

Isso pode ser visto em todas as músicas do álbum, mesmo que de uma maneira não tão direta. O Matt, que escreve a maioria das nossas letras, enxerga o mundo um pouco diferente desde que o seu filho nasceu. Nós, que convivemos muito com ele, percebemos isso facilmente, tanto no seu comportamento como nas suas opiniões. As nossas vidas ficam diferentes quando temos um filho. Eu acho que essa ideia de mudança está presente em todo “Trouble Will Find Me”.

“Graceless” é um dos clipes mais legais da atualidade. Como foi gravá-lo? É verdade que vocês se machucaram durante as filmagens?

(risos) É verdade, nós nos machucamos um pouco. A verdade é que foi muito bom passar um dia inteiro gravando o clipe. Foi uma experiência diferente, algo que a gente nunca tinha feito antes. Além disso, nós nunca imaginamos que faríamos um vídeo assim, tão divertido, quando estávamos gravando a canção no estúdio. Outra coisa que eu acho é que o videoclipe também retrata a nossa personalidade de uma forma que as pessoas não estão acostumadas a ver.

Nós lemos que o processo de gravação do último disco foi bastante estressante para vocês. Como foi gravar “Trouble Will Find Me”? O processo dentro do estúdio se tornou mais fácil?

Eu diria que ficou um pouco mais fácil, mesmo que o “Trouble Will Find Me” tenha exigido muito da gente. Sem precisar entrar em questões muito técnicas e específicas, o que eu posso dizer para você é que dessa vez a gente preparou um cronograma e tentamos cumpri-lo à risca. Nós desenhamos todo o disco antes de entrar no estúdio, o que também ajudou. Por outro lado, nunca é fácil encontrar uma sonoridade que nos agrade plenamente. Eu acho que essa é a parte mais desgastante do processo, ainda mais porque temos um som muito elaborado e com vários detalhes. Dessa vez, fizemos de um jeito diferente e isso foi muito bom para nós.

Aaron e Bryce são irmãos. Você e Bryan são irmãos também. Eu acho que o The National é praticamente uma família. Isso torna as coisas mais fáceis ou mais difíceis para a banda?

Isso deixa as coisas mais fáceis para a gente. Em primeiro lugar, nós somos amigos e somos da mesma família. A banda é uma consequência da nossa proximidade e das nossas vidas. O The National está junto há bastante tempo, já viajamos para vários lugares e posso dizer que nunca tivemos um problema de relacionamento. Para nós, as coisas funcionam muito melhor assim.

Falando em família, o irmão do Matt, o cineasta Tom Berninger, passou um ano viajando com o The National para gravar o documentário “Mistaken for Strangers”. Como foi isso?

Na verdade, não foi uma coisa assim como você está pensando. O Tom não nos acompanhou durante todo o tempo, nem mesmo nos filmou tantas horas assim. Ele gravou algumas músicas, compareceu em alguns shows da gente. Então, não foi uma coisa muito desgastante, nem para nós e nem para ele. Nós gostamos muito de fazer o documentário e ter o Tom durante o processo, que é nosso amigo há muito tempo também, foi muito divertido. O processo de gravação ficou mais leve, para nós e para o nosso tour manager, que incomodou o bastante o Tom (risos) durante as filmagens. A banda aparece em “Mistaken for Strangers” exatamente do jeito que a gente gostaria que ela aparecesse.

Há algum contato para trazer a turnê de “Trouble Will Find Me” para o Brasil?

Claro! Alguns produtores brasileiros já nos contataram para saber se temos como encaixar o Brasil no meio da nossa nova turnê. Não só temos como queremos muito fazer isso. A verdade é que estamos muito ansiosos para tocar aí novamente. Em 2011, fizemos grandes apresentações no Brasil.

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18/09/2013

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