Não pense que a vida de rockstar é barbada.
Na semana que Kim Shattuck foi demitida do Pixies, a gente preparou uma lista com outros músicos, que passaram por grandes bandas, e que também não deram certo. Confere aí:
Pete Best (The Beatles)
Apesar do seu sobrenome, Pete não era o melhor baterista para os Beatles. O produtor George Martin até deu uma chance para o cara, que chegou a gravar com o grupo uma fita-teste para a gravadora Decca, em 1962. Mas Best ficou na banda só por dois anos, até ser substituído por um músico mais competente, chamado Ringo Starr. Uma das músicas que ele gravou com o Fab Four se chama “Money (That’s What I Want)”:
Ron McGovney (Metallica)
A história mais célebre envolvendo o Metallica é, provavelmente, a saída conturbada de Dave Mustaine. Mas, antes disso, James Hetfield e Lars Ulrich já tinham tido um problema interno, mais ou menos nas mesmas proporções. O baixista Ron McGovney, que formou com Hetfield o Leather Charm bem no comecinho dos anos 80, não ficou nem um ano com a banda. Além de mandar mal nos shows, ele também arrumou uma encrenca com Mustaine e Ulrich. Assim, não deu mais.
Dave Evans (AC/DC)
Quando começou a sua carreira em 1973, o AC/DC tinha como vocalista o australiano Dave Evans. Mas, depois de um ano, os irmãos Malcolm e Angus Young decidiram que a banda precisava de novos ares e de um novo cantor. Evans foi demitido em 74 por ser “glam rock” demais para o som do AC/DC. O cara, no entanto, deixou algumas coisas gravadas com o grupo. Uma delas foi a música “Soul Stripper”, ao vivo no hotel Hampton Court, em Sydney:
Stuart Sutcliffe (Beatles)
Stuart Sutcliffe foi o baixista original dos Beatles e ficou com a banda ao longo de 1961. Conhecido até hoje como “o quinto Beatle”, ele não foi demitido pelo produtor Geoff Martin, como Pete Best, mas decidiu abandonar Liverpool (e tudo mais) para estudar arte em Hamburgo, na Alemanha. O trágico é que Sutcliffe nem teve tempo de se arrepender. Ele morreu em 1962, com apenas 21 anos, depois de uma paralisia cerebral.
Tim Staffell (Queen)
Brian May, Roger Taylor e o baixista Tim Stafell tinham uma banda, chamada Smile. E, com a chegada de Freddie Mercury, surgiu o Queen. Mas a formação inicial durou pouco tempo, porque Staffell não estava contente com o direcionamento musical imposto pelo vocalista. Ele deixou o grupo, antes do primeiro álbum, para formar uma banda de rock progressivo chamada Morgan. Mesmo assim, Stafell deixou a sua marca no disco de estreia do quarteto britânico, mais precisamente a música “Doing All Right”:
Tony Chapman (Rolling Stones)
É difícil imaginar os Rolling Stones sem Charlie Watts. Mas a banda chegou a ter um outro baterista, antes de fazer sucesso no mundo inteiro. Tony Chapman ficou com o grupo por pouco tempo, entre 1961 e 1962. E está errado quem acha que o músico foi demitido por Mick Jagger e Keith Richards. Ele, na verdade, deixou os Stones para…. Estudar.
Jason Everman (Nirvana e Soundgarden)
Ele foi considerado pelo jornal The New York Times o “Pete Best do grunge norte-americano”. O Nirvana e o Soundgarden até tentaram com ele, mas Jason Everman foi demitido pelas duas bandas, quando elas ainda davam os seus primeiros passos na década de 90. Embora grande pessoa e querido por todos, Everman não tinha muito talento para a música. Tanto é que ele abandou a guitarra para se tornar militar e membro do pelotão especial do exército norte-americano.