Meu encontro surreal com Tim Burton | Fabiano Liporoni

25/05/2012

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos:

25/05/2012

_por Fabiano Liporoni

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Fiquei bem impressionado quando entrei na sala e cumprimentei Tim Burton: ele era muito mais alto do que eu imaginava. E ele não estava vestindo preto como sempre via em fotos, mas uma camisa branca aberta e uma camiseta estanhamente colorida por baixo.

Ele foi muito simpático dizendo que me esperava, sabendo meu nome por trás dos indefectíveis óculos escuros verdes. O que me impressionou de primeira em seu escritório foi a música, a qualidade dam úsica que eu ouvia, a trilha de seu filme Alice ao piano e quando olho para os lados em curiosidade vejo um piano marrom e ninguém menos que Danny Elfman se divertindo e nos brindando com sua genialidade.

Fui encontrar Tim Burton porque ele vem filmar no Brasil e eu estava no páreo para ser seu produtor local. E ele quis me conhecer ao vivo.

Bem simpático e bem humorado, ele me mostrou o story board do filme, mostrou fotos de testes de maquiagem dos personagens principais e enquanto ia falando, pedia para o nosso pianista particular Elfman tocar “o tema do assassinato” que prontamente nos mostrava enquanto Tim Burton ia narrando o que aconteceria no filme quando a música fosse mostrada.

Tudo era surreal obviamente mas pra mim o mais bizarro de tudo era pensar que esse pianista, o mago dos filmes do mestre Burton era o vocalista de uma bandinha meia boca mas bem legal dos anos 80, o Oingo Boingo. Uma vez eles fizeram um show por aqui se não me engano no Projeto SP e eu saí feliz mas logo depois já tinha esquecido de tudo.

Era uma banda ok, divertida, pop e só.

Fiquei chocado ao ler nos créditos do filme do Pee Wee, já dirigido pelo Tim Burton, que a trilha muito boa tinha sido composta pelo cara do Oingo Boingo.


(_foto por: POPS LOPES)

E a cada filme de Burton a trilha era melhor e melhor e Elfman sempre me surpreendia.

Depois vi o nome do cara nos créditos dos Simpsons, de filmes maiores e melhores e sempre a marca registrada de Elfman reconehcida nos primeiros acordes.

Voltando ao escritório, quando Tim Burton pede “Danny, toque agora minha música preferida”, Danny começa a martelar no piano um som estridente que vai se tornando de repente num som familiar, um som cadenciado que parece…

Saco, meu despertador tocou no melhor momento do meu sonho.

Como sempre.

@fabilipo é fazedor de filmes e tocador de músicas

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25/05/2012

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