Músico e produtor Richard Swift morre aos 41 anos

03/07/2018

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Rodrigo Laux

Por: Rodrigo Laux

Fotos: Reprodução

03/07/2018

Foi confirmada na manhã de hoje a morte do multi-instrumentista Richard Swift em Tacoma, Washington (EUA). A causa da morte não foi informada, porém ele já estava internado há algumas semanas tratando uma “condição de ameaça de vida”, segundo a Pitchfork.

Nascido na Califórnia, o norte-americano vinha gravando e lançando álbuns desde o início dos anos 2000, tornando-se respeitado e influente no universo do indie e do rock alternativo, e ganhando inclusive a fama “músico dos músicos”, como afirma a Pitchfork, que se referiu a ele como um “tesouro do indie rock”.

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Muito dessa fama “interna” vem do fato de Swift ter sempre evitado o mainstream e, apesar de sua carreira solo incrível, se tornaria mais conhecido pelos seus trabalhos com o The Shins entre 2011 e 2016, além das suas passagens pelo Black Keys como baixista em 2014, e como baterista do The Arcs. Assim como muitos outros músicos, Dan Auerbach (Black Keys e The Arcs) lamentou a morte do amigo com uma mensagem emocionada no Twitter dizendo que “hoje o mundo perdeu um dos músicos mais talentosos que eu conheço.”

Além disso, Swift foi produtor de mãos cheias, tendo trabalhado – além do The Shins – com nomes como Damien Jurado, David Bazan, Jessie Baylin, Nathaniel Rateliff, The Mynabirds e Foxygen, com quem gravou o aclamado álbum We Are The 21st Century Ambassadors of Peace & Magic (2013).

Sobre suas técnicas de produção, Swift declarou em 2007 para a Rock Feedback que “a maioria das minhas técnicas de gravação vêm de olhar as fotos dos encartes dos LPs do Sly & The Family Stone ou dos Beatles, ou de assistir Sympathy for the Devil e pensar ‘Ah, então é ali que eles colocam o microfone’”.

O principal compositor do Foxygen, Jonathan Rado – que também vem ganhando grande reconhecimento como produtor nos EUA atualmente – fez questão de creditar muito do que sabe hoje a Swift, dizendo que perdeu “um dos meus melhores amigos. Meu herói. Meu tudo. Um dos verdadeiros gigantes. Swift foi meu pai musical.”

Em 2007, Swift lançaria seu 2º álbum – Dressed Up For The Letdown, considerado por muitos a sua obra-prima. No mesmo ano, ele conheceria Jeff Tweedy (do Wilco), que convidou Swift para abrir os shows da turnê do álbum Sky Blue Sky (2007) para a banda, ampliando o reconhecimento do artista na cena musical.

Na sequência, Swift foi convidado por Tweedy a iniciar a gravação do seu próximo disco no loft do Wilco, em Chicago, onde o músico começou os trabalhos de Richard Swift As Onasis (2008). Em 2009, o álbum The Atlantic Ocean resgataria a sua veia mais pop, contando com a participação de nomes como Pat Sansone (Wilco), Sean Lennon, Ryan Adams e Mark Ronson.

Ouça abaixo The Atlantic Ocean em homenagem ao músico:

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03/07/2018

Rodrigo Laux

Rodrigo Laux