#PlantãoJúpiterMaçã: Flávio está ALIVE & WELL

04/12/2014

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

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04/12/2014

Uma bomba de espanto desabou sobre os fãs de Júpiter Maçã após a publicação da entrevista que o músico deu ao programa Matador de Passarinho, de Rogério Skylab. Por 12 longos minutos, o músico arrastou a língua com nítida dificuldade para responder as perguntas do apresentador – ou melhor, para usá-las como ponto de partida de divagações que, invariavelmente, acabavam se referindo à masturbação. Por mais desconto que o espectador dê ao personagem que Flávio Basso assume, é difícil considerar que o resultado final dessa entrevista tenha sido elogioso ao artista. No implacável tribunal do Facebook, o júri insensível das massas considerou ela uma evidência para justificar a sentença de que chegou o fim de Júpiter.

Porém, o assunto está repercutindo muito e é mais sábio esperar antes de começar a cavar sua cova. A primeira reação aos comentários que oscilaram entre a piedade barata e a maldade pura veio da pessoa mais próxima de Flávio, a sua mãe. Chamada Iara Suessenbach, ela publicou uma nota esclarecendo que a participação no programa de Skylab havia sido gravada 50 dias atrás, antes de ele finalizar um tratamento para se desvencilhar das drogas: “Foi um fato isolado, o Flávio está muito bem, trabalhando, está há mais de 10 dias aqui no meu ap, morando comigo por enquanto!”, escreveu sua mãe (veja a nota completa abaixo).

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Provavelmente porque as mães têm o costume de defender seus filhos aconteça o que acontecer, o comunicado de Iara Suessenbach não foi suficiente para fazer cessar a discussão pública que se formou sobre o estado de saúde de Júpiter. O reverenciado produtor e eterno vocalista do De Falla, Edu K, publicou um longo texto em repúdio ao comportamento de rapina daqueles que se valem de um momento de fragilidade para agredir seu alvo (leia abaixo). “Com (e sobre) gênios não se discute”, escreveu Edu em um desabafo que foi compartilhado até por Rogério Skylab em suas redes.

Mas como o caso cresceu tanto, somente o próprio Flávio Basso seria capaz de dar um ponto final ao episódio. Ontem entrou no ar um vídeo de 5 minutos (assista abaixo) onde o músico explica calmamente tudo o que ocorreu e dá pistas sobre seus planos futuros. Segundo Júpiter, há cerca de seis meses, ele vem trabalhando em um “rehab total”: “Isso inclui os barbitúricos, que eu tava tomando, por sinal, por demasiado”, admite. O músico afirma que, por coincidência, a gravação do programa do Skylab se deu justamente quando ele estava encerrando esse ciclo. “Eu estava um pouquinho altinho, sim”, comenta, porém, ele atribui suas extravagâncias mais à sua verve dramatúrgica, estimulada pelo entrevistador, do que aos narcóticos que havia consumido antes.

Para a felicidade de todos, ele afirma nesse novo vídeo: “De dois meses pra cá, eu não uso nada. Tirei as químicas do meu organismo”. E mais, Júpiter diz que está produzindo um álbum duplo de puro folk, além de assegurar estar fazendo o possível para finalizar de uma vez por todas o seu DVD, que nunca ganhou um lançamento oficial. Vale lembrar que houve um tempo, antes do A Sétima Efervescência (1996), em que Flávio se chamava Woody Apple e andava pelas ruas de São Paulo e Porto Alegre com um violão a tira colo tocando suas baladas longas e sem refrão. Em uma entrevista histórica que deu à NOIZE em 2009, Júpiter disse que “Woddy Apple não aconteceu”. Mas, conforme um depoimento que deu recentemente ao jornalista Luiz César Pimentel do R7, agora “Woody Apple veio à tona”.

Julgar alguém desconhecido e apontar dedos protegidos pelo escudo do anonimato massivo das redes sociais é muito fácil, mas o mínimo que todas as pessoas que se dizem fãs do Júpiter deveriam fazer é refletir sobre a diferença entre o que é o artista e o que é sua obra – e sobre como cada um desses fatores interfere no outro. As cobranças do público são inerentes a vida do músico, mas é como Flávio disse a Luiz César Pimentel: “A minha responsabilidade principal é com a liberdade artística. Eu não posso me aprisionar a uma forma, a uma estética que venha a me escravizar”.

Em defesa ao direito sagrado de se ser quem se é, sem medo do tiroteio de mouses e teclados que sempre vem, nós da NOIZE esperamos ansiosamente pelo próximo lançamento de Jupiter Apple!

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04/12/2014

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