| Por Rafael Carvalho |
Desfiles, sem música, praticamente não existiriam. Puxando pela minha pouca memória fashionista, desde que eu me entendo acompanhando semanas de moda, eu não me lembro de desfiles sem música. Fora isso talvez citaria apresentações na década de 50 e 60, essas sim, sem música e com modelos que davam pequenos rodopios na passarela. Isso era cool.
Conversamos com Max Bloom, sobre a elaboração das trilhas. Ele fez a trilha do desfile da Huis Clos, que aconteceu na última quarta-feira, e comenta um pouco sobre como é montar uma trilha adequada:
“Meu histórico com a marca vem de algumas edições ainda bem que muito bem sucedidas, isso me dá bastante abertura para experimentar algumas coisas, que eu vou mostrando pro pessoal da marca com certa antecedência e tal. Como eles já sabem o tema da coleção um bom tempo antes do desfile eu consigo trabalhar bem isso.” comenta.
Mas isso parte do seu acervo ou você procura sempre coisas novas para a marca?
“Depende, na verdade meu acervo é enorme, eu vou baixando meio no automático de tudo. Tento memorizar um pouco quem é, e o que é, que eu to ouvindo quando ouço coisas meio no random mas fica dificil. É um processo de afunilamento, as opções vão se fechando e chego num veredito. E daí eu tento jogar alguma coisa exclusiva naquela música para o desfile, pra ela não ficar crua, e quando as pessoas ouvirem ela crua poderem lembrar “nossa, é a música do desfile”. Desse jeito eu já criei meu método, não acho que seja assim pra todo Dj, mas pra mim tem funcionado” finaliza.
Ficou curioso? Veja e ouça o resultado abaixo: