O Jungle começou esse ano como uma banda desconhecida e no último dia 14 lançou seu primeiro álbum de estúdio homônimo. Um registro de estreia que merece a nossa atenção.
Foi em 2012 que o primeiro EP The Heat/Lucky I Got What I Want apareceu despretensioso na internet. Amigos de longa data, “J” e “T” gravaram boa parte do disco em casa, mais precisamente na região de Shepherds Bush, oeste de Londres. Em seguida “Platoon” chegou junto com “Drops” soando mais pop em uma genuína mistura de referências que revisitam o soul e a música eletrônica. Em seu primeiro show em Londres, os ingressos já estavam esgotados.
Em 2014 chegam as faixas “Busy Earning” e “Time” que caem bem na sua setlist moderninha junto com Daft Punk, Metronomy e Glass Animals. O nome “Jungle” talvez se refira aos elementos e efeitos sonoros da banda, mas uma selva de pedra combina mais com a atitude e estética do grupo, que poderia ter vindo de Nova Iorque, Berlim ou Tóquio.
Em maio desse ano tive a oportunidade de assisti-los durante o The Great Escape Festival em Brighton, e Jungle foi um dos shows mais concorridos do line-up, que contava com cerca de 500 bandas. Eram sete integrantes no palco e a casa lotada recebeu o grupo dançante com direito à muitos aplausos e clima de festa na floresta. Alguém publicou um vídeo – bem amador – que mostra a ambiência da selva inventada na introdução de “The Heat”:
Na segunda-feira, 14 de julho, o selo XL Records lançou o álbum oficialmente no iTunes e nas plataformas de streaming. Alguns bons truques foram utilizados em “Smoking Pixels”, por exemplo, que é cheia de assovios e parece ter sido composta para um filme do Tarantino, mas o álbum inteiro pode te pegar com ganchos malandros e dançantes. Fique com todas as faixas do funk do Jungle:
“The Heat”
“Accelerate”
“Busy Earnin'”
“Platoon”
“Drops”
“Time”
“Smoking Pixels”
“Julia”
“Crumbler”
“Son Of A Gun”
“Lucky I Got What I Want”
“Lemonade Lake”