Entrevista | Savoir Adore comemora sua segunda vinda ao Brasil

18/01/2017

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Jéssica Teles

Por: Jéssica Teles

Fotos: Sandra Rodriguez

18/01/2017

Preparem-se para entrar no mundo mágico do dream pop. Direto do Brooklyn, a Savoir Adore apresenta The Love That Remains, um disco descolado, produzido por eles mesmos e que conta com 11 faixas cheias de boas energias. Em sua página oficial no Facebook, a banda conta que espera que público aprecie o álbum, assim como eles gostaram de produzi-lo.

A parceria de Lauren Zettler (vocais/teclados), Paul Hammer (vocais), Alex Foote (guitarras), Ben Marshall (bateria) e Andrew Pertes (Baixo) deu certo, e The Love That Remais mostra as facetas do amor, das perdas e memórias sombrias, reforçando os ares de fantasia que são uma marca registrada da banda.

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Trocamos uma ideia com a banda, que desembarca no Brasil dia 29 de janeiro, para o festival Pepsi Twist Land, em Atlântida/RS e em seguida levanta voo para São Paulo/SP, onde se apresentará no Cine Joia dia 02 de fevereiro. Então, que tal apertar o play nesse disco e viajar para uma explosão de sensações?

Essa é a segunda vez que vocês vêm ao Brasil. O que mais gostam no país?
Definitivamente as pessoas. Há uma energia e celebração da vida aqui, que nunca sentimos em qualquer outro lugar, é incrível!

Desde o primeiro EP – vocês têm três – até o lançamento de “The Love That Remains”, é possível perceber a experimentação de diferentes elementos. Para a banda, como é o processo de construção de um novo álbum?
Sim, a experimentação sempre esteve presente no centro da nossa música, e nosso processo é uma grande parte disso. Antes de todo álbum nós experimentamos muitas ideias musicalmente… Então um som emerge, um certo conjunto de instrumentos, cores e sons em que nos focamos… E o núcleo disso também é uma ideia ou um conceito. Depois de Our Nature, eu queria que esse álbum fosse sobre encontrar o amor novamente, a partir de uma perspectiva pessoal. E depois de viajar para o Brasil em 2014 e encontrar minha (agora esposa), eu aprendi a palavra “saudade”. Em algum lugar eu li que saudade significava “The Love That Remains” (O Amor Que Permanece). Por isso eu coloquei este nome no álbum, então o foquei neste conceito central.

Há algum lugar que vocês nunca tocaram e que gostariam muito de fazer um show?
Sim! Gostaríamos muito de tocar no Japão. Um dia!

Tem alguma coisa em especial que vocês levam em conta na hora da composição das letras?
Sim, nós sempre tentamos manter em mente o quadro geral do conceito, ideia ou emoção que estamos tentando transmitir como um todo. Além disso, nós também queremos que as nossas letras sejam boas como frases, e não apenas como um significado. Muitos dos meus escritores favoritos são aqueles que abordam as letras de maneira mais musical, enquanto ainda mantêm o peso da narrativa.

Foto: Dana Pacífico

Vocês vieram ao Brasil para tocar no MECA Festival junto com o Friendly Fires e com a Charli XCX. Se pudessem escolher alguma banda para entrar em turnê junto com vocês, quem escolheriam?
Uau, tantas! Risos. Neste momento, nossos amigos da Paperwhite ou a banda Future Generation. E se pudéssemos fazer show de abertura para qualquer banda, seria Phoenix e Cut Copy.

Vamos falar sobre as inspirações para o novo disco. O que vocês têm escutado ultimamente e quais são as principais influências da banda?
Isso abrange muito! Eu escutei muito mais dance music nos últimos cinco anos, então isso influenciou no registro, um pouco; Cut Copy, Hot Chip, Autograf, Moon Boots. Mas também uma nova onda de bandas de indie rock, como Bleachers, Pure Bathing Culture e Son Luz. Bandas que escrevem grandes canções, mas também arranjos únicos e bonitos.

Lauren, você é a única mulher da banda. Como você enxerga a representatividade da mulher no meio da música?
Não é incomum estar em turnê e ser a única garota na casa noturna, até as portas abrirem. Mas isso não é necessariamente específico para a indústria da música. Existem mulheres incríveis trabalhando em todas as áreas da música e enquanto elas não são a maioria, existem algumas mulheres incrivelmente inteligentes e fortes, construindo um caminho significativo para criar um melhor equilíbrio. Eu me sinto sortuda por estar entre eles.

Há algum caminho certo para uma banda fazer sucesso? Quais conselhos vocês dariam para uma banda que está iniciando na música?
Eu acho que a coisa mais importante que uma banda que está começando pode fazer, é se focar em fazer a música que você quer ouvir no mundo. Nada mais importa. E quase todos os músicos ou bandas bem sucedidas que eu conheço, têm essa atitude em algum momento. Você será distraído pelo sucesso de outras pessoas e por suas próprias expectativas, mas precisa se concentrar apenas em fazer música. Depois disso, basta estar pronto para trabalhar duro, é o melhor trabalho do mundo, então vale a pena.

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18/01/2017

Criando ordem para o meu próprio caos.
Jéssica Teles

Jéssica Teles