NRC | 10 LPs essenciais para sua coleção

13/07/2014

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

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13/07/2014

Dar o start em uma coleção de discos de vinil não é nada fácil. Afinal, por onde começar?

Inspirados pelo Dia Internacional do Rock, nós montamos um guia abaixo com 10 LPs essenciais em uma coleção, divididos em duas categorias para cada banda: lado A e lado B. Lado A porque são os clássicos, os unânimes. No lado B, estão os alternativos, aqueles que, por alguma razão, são mais desconhecidos e/ou não fizeram tanto sucesso na época em que foram lançados. Uma pena, porque também são geniais. E para aqueles que já tem uma coleção de discos de vinil, fica a dica dos LPs que você já deveria ter em casa.

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São bolachões fáceis de encontrar em uma loja de discos perto da sua casa. Ao lado de cada título, colocamos o preço aproximado que você pode comprá-los pela internet.

Lado A

Sgt. Peppers Lonely Heart Club Band (1967), The Beatles – De R$ 50 a R$ 350

É difícil achar o oitavo disco dos Beatles para vender por um preço baixo, mas esse é um investimento que vale muito a pena. O álbum marcou o mergulho da banda em um mundo psicodélico repleto de drogas alucinógenas e referências musicais muito mais abrangentes do que as que aparecem nas primeiras gravações do grupo. Além de ter músicas sensacionais como “With a Little Help From My Friends” e “Lucy In The Sky With Diamonds”, esse é um disco que só pode ser apreciado completamente em vinil. Nenhuma outra mídia atual é capaz de reproduzir a imagem icônica cheia de detalhes que estampa a capa do álbum.

The Dark Side Of The Moon (1973), Pink Floyd – De R$ 40 a R$ 1.699

Na semana em que lançaram esse disco, em 17 de março de 1973, o Pink Floyd foi incluído nas paradas da Billboard e lá ficou por quase 15 anos, até julho de 1988. Foram cerca de 50 milhões de discos vendidos e não é à toa: o Dark Side é um álbum extremamente impactante. Sua capa preta é belíssima, é um daqueles vinis que dá vontade de enquadrar e botar na parede. E ouvir o álbum em um toca-discos é interessante porque proporciona uma pausa fundamental para a composição narrativa do disco. O lado A começa com as batidas cardíacas de “Speak To Me” e encerra com os urros arrepiantes de Clare Torry, cantora convidada para a faixa “The Great Gig In The Sky”; o lado B vai do clássico “Money” até o grand finale de “Eclipse”. Se bem que muita gente jura que o disco foi feito para ser ouvido assistindo ao filme “O Mágico de Oz” (1939).

Led Zeppelin IV (1971), Led Zeppelin – De R$ 40 a R$ 100

Esse é daqueles tão clássicos, mas tão clássicos, que tê-lo é quase uma questão de segurança – vai que acontece uma emergência e você precisa mostrar para alguém como é a experiência de ouvir esse disco em vinil. É um álbum fascinante, metade das faixas viraram hits absolutos da história do rock e a outra metade é feita de canções ainda mais poderosas, que têm toda uma atmosfera mística composta por guitarras pesadas e um ritmo muito cadenciado, como “Four Sticks”, ou então exploram as melodias suaves e massacrantes de “Going to California” e “The Battle of Evermore”. Sem dúvidas, é um item imprescindível nas melhores coleções.

Krig-ha, Bandolo! (1973), Raul Seixas – De R$ 30 a R$ 70

O Brasil ainda não viu um roqueiro que tenha alcançado uma dimensão tão lendária quanto Raul Seixas. Esse é o primeiro disco solo do músico e nele já aparece a faixa “Metamorfose Ambulante”, composição que até hoje está gravada no imaginário da população brasileira. As composições dylanescas “As Minas do Rei Salomão” e “Cachorro Urubu” são grandes músicas menos conhecidas dele, mas o disco é uma coletânea de sucessos: tem “Ouro de Tolo”, “Mosca na Sopa”, “Al Capone”… O álbum é um documento fundamental para quem se interessa pela arqueologia do rock brasileiro.

Selvagem? (1986), Os Paralamas Do Sucesso – De R$ 8 a R$ 80

O primeiro disco do Paralamas não agradou completamente a banda; o segundo, Passo do Lui (1984), fez sucesso; mas Selvagem? foi uns dos álbuns mais vendidos do grupo. Ele tem uma sonoridade diferente dos trabalhos anteriores e marca uma postura mais política, bem nítida já na faixa de abertura, “Alagados”. Outros pontos altos são “Teerã”, um reggae que é uma pedrada, e “A Novidade”, uma parceria feliz com Gilberto Gil. Selvagem? foi um disco decisivo para os Paralamas e também um dos mais influentes do rock brasileiro de meados dos anos 80 pra cá. E um detalhe legal é que você pode encontrar esse disco por um bom preço pelas lojas e na internet.

Lado B

Revolver (1966), The Beatles – De R$ 50 a R$ 110

Díficil dizer que algum disco do quarteto de Liverpool é desconhecido o bastante para ser considerado lado B. Complicado encontrar um álbum que não tenha pelo menos três singles. Mas Revolver não é um disco de muitos sucessos como os outros. Gravado depois de umas férias de três meses da banda – o maior tempo que eles haviam passado separados desde o início da carreira -, o álbum é uma bela reunião da fase pela qual cada um dos Beatles estava passando, com John Lennon viajando no LSD e George Harrison e suas composições políticas e filosóficas, como “Taxman”, “Love You To” e “I Want to Tell You”. As clássicas são “Yellow Submarine” e o lindo coro de “Eleanor Rigby”.

The Piper At The Gates Of Dawn (1967), Pink Floyd – De R$ 100 a R$ 1.000

Não há como negar que Dark Side of the Moon é o grande clássico do Pink Floyd, mas Syd Barrett merece estar na lista dos roqueiros essenciais com o primeiro álbum de estúdio da banda. O disco que expressa as viagens LSDísticas de Syd, e por isso combina muito bem com um ácido lisérgico. Esse disco tem as belas melodias de “Matilda Mother” e “Interstellar Overdrive”, e algumas faixas experimentais demais que você, provavelmente, vai achar genial se estiver sob o efeito do LSD, como “Pow R. Toc H.”. Pra quem é fã do trabalho solo de Syd Barrett, também precisa ter o único disco do Pink Floyd com os vocais dele.

Led Zeppelin (1969), Led Zeppelin – De R$ 90 a R$ 120

O primeiro do Led pode não ser o mais forte deles – até porque Jimmy Page teve que produzir e compôr o disco ao mesmo tempo – mas é com certeza um registro original demais para o final dos anos 60. E por isso recebeu críticas ruins quando foi lançado. Um álbum gravado em apenas 30 horas recheado de referências e harmonias que ouviríamos nos oito discos sucessores. As inspirações do blues, por exemplo, aparecem nas faixas clássicas “Babe I’m Gonna Leave You” e “Dazed And Confused”. Destaque também para o solo de Page em “Good Times Bad Times” e sua guitarra acústica em “Your Time Is Gonna Come”.

Mata Virgem (1978), Raul Seixas – De R$ 14 a R$ 55

Um registro que se afasta um pouco do rock de Raulzito e mistura um pouco de MPB com country. Devido à má divulgação do disco na época, as vendas foram modestas. O compositor já estava com a saúde abalada quando gravou o registro, mas como perceber isso ao ouvir canções como “Judas”? A parceria com Paulo Coelho é retomada em cinco faixas desse registro experimental que ainda conta com Pepeu Gomes (Novos Baianos) na guitarra de “Pagando Brabo”. Mata Virgem também reúne músicas não tão clássicas para o público em geral, mas essenciais para quem curte Raul, como “Planos de Papel” e “Conserve Seu Medo”. Um disco de um dos maiores roqueiros do Brasil que você precisa ter na sua coleção.

Severino (1994), Os Paralamas do Sucesso – De R$ 65 a R$ 100

Embora não tenha sido um disco muito bem recebido pelos fãs na época, praticamente um fracasso de vendas, Severino é um lado B essencial do trio, por seu experimentalismo com a música nordestina e literatura de cordel. Foi um álbum revolucionário para a época e não tão comercial quanto Selvagem?. O bolachão tem a parceria da banda com Brian May (Queen) e Fito Paez na música “El Vampiro Bajo El Sol” e os versos de Tom Zé em “Músico”. É o disco que reforça a personalidade da banda e fez mais sucesso na Argentina do que aqui no Brasil, principalmente por faixas como “Dos Margaritas”.

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13/07/2014

Revista NOIZE

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