“100 Grandes Álbuns do Rock Gaúcho” documenta a memória musical do RS

03/08/2020

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Ariel Fagundes

Por: Ariel Fagundes

Fotos: Divulgação

03/08/2020

Não há dúvidas de que o rock n’ roll possui raízes profundas no Rio Grande do Sul. Em 1959, o Conjunto Melódico De Norberto Baldauf lançou o LP Rock On Big Hits, que lançou as primeiras gravações de rock feitas por músicos do estado. Porém, esse conjunto não era uma banda de rock propriamente dita. Segundo artigo do músico Arthur de Faria, o “Marco Zero do rock gaúcho” foi a Banda Apache, formada ainda em 1962. Em 1965, já surgiu a primeira banda de rock porto-alegrense formada só por mulheres: As Andorinhas.

Na década seguinte, o sucesso do grupo Bixo da Seda ajudou a cunhar o termo “rock gaúcho” e, ao longo dos anos 1980, essa cena realmente explodiu com o surgimento e/ou popularização de vários artistas importantes (Taranatiriça, Astaroth, Cascavelletes, TNT, DeFalla, Os Replicantes, Júlio Reny, Graforréia Xilarmônica, Garotos da Rua, Rosa Tattooada, Engenheiros do Hawaii, Nenhum de Nós, e por aí vai). Ao longos dos anos 1990 e 2000, uma nova geração de bandas – como Bidê ou Balde, Cachorro Grande, Walverdes, Acústicos e Valvulados, Comunidade Nin-Jitsu e Ultramen – fez muito sucesso e revitalizou esse cenário. Já entre os anos 2000 e 2010 vieram nomes como Vera Loca e Identidade, mais próximos do rock clássico, e bandas como Pública e Cartolas, bem mais identificados com o indie rock em voga na época.

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(Divulgação)

Hoje, o rock ocupa um espaço muito diferente do que outrora – não apenas no Rio Grande do Sul, mas no mundo todo -, e é importante resgatar a memória para que não se perca o registro dessa produção que marca a cultura do estado. É nesse sentido que nasce o projeto do livro 100 Grandes Álbuns do Rock Gaúcho, do jornalista e escritor Cristiano Bastos com projeto visual do músico, produtor e artista gráfico, Rafael Conny.

Com acabamento luxuoso, incluindo capa dura e sobrecapa especial, a obra registra em 264 páginas a apresentação de uma centena de discos que ajudam a contar essa história. Além da listagem detalhada dos álbuns, o livro traz uma pesquisa profunda sobre a evolução da fonografia do pop e do rock no Rio Grande do Sul e capítulos especiais dedicados somente aos compactos, coletâneas e bootlegs mais importantes do rock gaúcho.

100 Grandes Álbuns do Rock Gaúcho está sendo produzido através de um projeto de financiamento coletivo que já está aberto (confira as recompensas e apoie aqui).

A título de curiosidade, vale a pena ouvir o pioneiro LP Rock On Big Hits (1959), do Conjunto Melódico De Norberto Baldauf:

Outro registro importante é este compacto gravado pelo grupo As Brasas em 1967, banda de rock gaúcha, assim como As Andorinhas, que teve o pioneirismo de ser formada só por mulheres:

E, para entender o boom do rock gaúcho nos anos 1980, é só dar play nas clássicas coletâneas Rock Garagem (1984), Rock Grande do Sul (1986) e Rio Grande do Rock (1988), que são alguns dos principais registros dessa época.

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03/08/2020

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Ariel Fagundes

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