5 cópias originais do vinil proibido de Prince apareceram e estão à venda

15/12/2017

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Ariel Fagundes

Por: Ariel Fagundes

Fotos: Reprodução

15/12/2017

Volte 30 anos no tempo: é dezembro de 1987 e Prince está prestes a lançar o sucessor do LP duplo Sign o’ the Times.

O próximo disco está pronto, todo gravado, e trará uma capa completamente preta, sem título nenhum (algo inédito que antecipou em quatro anos a ideia do Metallica). A gravadora dele, na época a Warner, está completamente contra todos elementos do projeto, primeiro porque há a orientação de não se lançar álbuns em dezembro, segundo porque lhe parece absurda a ideia de não haver o nome de Prince no disco, nem mesmo um título. A muito custo, a Warner consegue explicar para o músico que o disco precisa conter um número de catálogo, um código de barras e um aviso de classificação etária, se não as lojas não poderão vender o álbum. Prince só aceita isso colocando essas informações em adesivos que não comprometam a arte completamente preta da capa.

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Está tudo certo para o lançamento, cerca de 500 mil cópias (incluindo CD, K7 e vinil) já foram fabricadas, porém, no último instante, Prince tem uma epifania espiritual que lhe dá a certeza absoluta de que esse disco é “mau”. Circulam hipóteses de que o sentimento teria sido provocado por uma má experiência com ecstasy, de qualquer forma, o fato é que, uma semana antes de ser lançado, o álbum é recolhido e praticamente todas suas cópias são destruídas. As poucas que sobram, logo são pirateadas e vazadas em bootlegs que se tornam muito populares. Poucos meses depois, em maio de 1988, Prince lança o Lovesexy, um disco com capa branca que fala bastante sobre Deus e espiritualidade. O seu Black Album só seria lançado oficialmente em 1994.

Desde 1987, apenas três unidades do LP original apareceram nos Estados Unidos. Agora, do nada, apareceram mais cinco, que estão à venda aqui. Três delas já foram vendidas por US$15.000, as outras duas estão custando agora US$20.000.

Os discos foram encontrados há poucos dias por um antigo executivo da Warner que trabalhou no álbum 30 anos atrás. A filha dele havia comprado seu primeiro toca-discos e pediu ao pai alguns álbuns. Procurando em sua casa algo que sua filha pudesse gostar, ele encontrou duas correspondências da Warner que nunca havia aberto. Ele esperava encontrar nas caixas discos promocionais da gravadora, mas não imaginava que seriam exemplares em perfeito estado de um dos álbuns mais procurados do mundo.

Veja abaixo a caixa em que os discos foram encontrados e como são os originais:

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15/12/2017

Editor - Revista NOIZE // NOIZE Record Club // noize.com.br
Ariel Fagundes

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