Backstreet Boys em Porto Alegre e as (power) girls

18/06/2015

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Fredi Chernobyl

Por: Fredi Chernobyl

Fotos: Divulgação

18/06/2015

Ok, o show é playback, e até o vendedor de quentão da frente do Pepsi On Stage perceberia. Mas playback é crime?

Se você é fã dos Backstreet Boys, até deveria agradecer, afinal, não existe nenhuma margem de erro musical, nem desafinação. Sem contar que os caras levam mais equipamento pra dublar do que qualquer banda que sobe num palco pra tocar. Pô, vai reclamar?

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As gatas querem os caras e ponto final. Aceita, mané, e sorria. Por que? Porque, simplesmente, em nenhum show que fui na vida tinha tanta mulher. Das, aproximadamente, 6 mil pessoas, 5.990 eram mulheres. Só que nenhuma olha pros lados, só pro palco. Paciência.

“Fight the power!”

Já que estamos falando nelas…

Pensa comigo: fãs do BSB ouviam o grupo na adolescência, 15 anos atrás. Meus queridos, elas cresceram comprando CDs, camisetas e pôsteres. Não são como os fãs de hoje que apenas salvam um JPG podre e botam de wallpaper. Muito menos do tipo que ignora a diferença entre um MP3 bom e um ruim e nem se importa com áudios de low-res de Youtube.

Agora, já trabalham e têm poder aquisitivo. Imagina que são cerca de 6 mil mulheres que têm dinheiro pra pagar motel gritando a mais de 140 decibéis, tapando o volume do sistema de som!

Concluo que elas têm cacife, pois pagaram R$ 1 mil pra tirar uma foto no soundcheck. Detalhe: numa distância de 3 metros, por aproximadamente 3 segundos e um belo convite pra se retirar, porque, afinal, elas ainda precisam sair pra rua, pois esse valor não dá direito ao ingresso, que custa mais um X altíssimo. E, quando o show acaba, elas pagam mais um táxi e vão até o after party do BSB e pagam US$ 150 dólares pra entrar…

Backstreet Boys girls, vocês são demais! Além de tudo, são fãs de verdade. Pedem músicas dos caras na trilha antes do show, na trilha após o show e até na discotecagem do after…

Viva a feminilidade que tapou o Pepsi on Stage de prazer em Porto Alegre neste belo 2015 de crises e gente que não paga pra ver show “bom”. Quanto mais a cena – por mais que não seja a ideal – gera lucro, mais chances teremos para que os produtores tragam variedades infinitas de arte que gostamos ou não.

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18/06/2015

Antropólogo de chill out. Se formou na faculdade de Scar Tissue. Guitarrista da Comunidade Nin-Jitsu, produtor e DJ.
Fredi Chernobyl

Fredi Chernobyl