#BQVNC | Fire Department Club é som pra gringo ouvir e dançar

22/09/2015

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Leonardo Baldessarelli

Por: Leonardo Baldessarelli

Fotos: Flávio Costa

22/09/2015

Ainda era tempo de MySpace quando o guitarrista Meinel Waldow colocou um anúncio no site à procura de integrantes para um novo projeto. A ideia era reunir um time forte para colaborar em composições autorais ainda incompletas, com uma pegada meio eletrônica, meio indie, meio disco. “Por azar (ou sorte) ele não encontrou ninguém e acabou recorrendo a velhos amigos de jams”, conta André Ache, hoje vocalista e baixista da banda Fire Department Club. O projeto se transformou em um grupo, nascido e criado em Porto Alegre, com Gui Schwertner na bateria e Gabriel Gottardo na segunda guitarra e no sintetizador, ao lado de Meinel e André. Hoje, alguns anos depois, a FDC já tem clipe, contrato com um selo americano e logo mais embarca para uma turnê nos Estados Unidos, incluindo uma passagem pela edição de 2015 do lendário festival CMJ Music Marathon, que rola em outubro, em Nova Iorque.

Os caras já passaram pela NOIZE no lançamento do single “Merry-Go-Round”, lá em 2013, mas vivem uma fase nova atualmente. Eles foram descobertos pelo produtor americano Luc Silveira, quando o profissional passava um tempo “caçando” novas bandas no Brasil. Na passagem de Luc pelo Estúdio SOMA, local em que a banda sempre ensaiou, o produtor e os músicos gaúchos viraram grandes amigos. A partir daí, foi só evolução: de experiências e de sons. “Com ele, lançamos dois singles e o EP Best Intuition. Tudo ecoou lá fora em blogs e revistas, e chamou a atenção do presidente da Sonovibe Records, selo de música alternativa de Los Angeles. Aí em julho de 2015, depois de alguns meses de conversas, fechamos contrato com eles”, contou André Ache. Antes da assinatura, a banda abriu o show de The Kooks e Kasabian em Porto Alegre, em março passado, e já vinha trabalhando o EP Best Intuition de diversas formas, incluindo o lyric video de “Pitfall” que, vamos dizer, “antecipou” o clipe novo do Iron Maiden, botando a letra da banda no meio de um jogo de plataforma passado em Porto Alegre

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Os contatos aproximaram a banda do cenário americano e agora eles já estão com uma turnê confirmada nos EUA, passando pela casa da gravadora, Los Angeles, e por Nova Iorque. Em NY, o grupo se apresentam na CMJ Music Marathon 2015, edição do festival que já mostrou para o mundo em primeira mão gente do nível de Arcade Fire, Mark Ronson, Justice, MGMT, Vampire Weekend, Kendrick Lamar e Mac DeMarco. Time meio forte, ein?

Falando de som, a FDC define suas influências em uma série de bandas clássicas do indie, rock e eletrônico. Blur, Daft Punk, Incubus, Interpol e Phoenix são as mais citadas, definindo bem a mistura sonora do grupo, que vai do post punk ao disco e ao garage rock. As composições são todas em inglês, e André justifica dizendo que “pra nós sai ao natural”: “As influências musicais e até do cinema vindas de fora são enormes. Além disso, queremos atingir fãs de qualquer lugar do planeta. É sério.” Além disso, a banda define seu próprio processo de criação como “claustrofóbico”, ficando trancados em estúdio por horas para desenvolver arranjos e trabalhar composições.

Dá para sentir um gosto do som dos caras no EP Best Intuition, disponível no Bandcamp. Para a turnê americana, a Sonovibe Records preparará uma versão com duas faixas extras do EP.

Além dos shows, a passagem pelos EUA também vai marcar os retoques finais no disco full de estreia da banda, a ser lançado pela Sonovibe no início de 2016. Enquanto as novidades não chegam, dá pra curtir as performances da banda abaixo.

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22/09/2015

Redator de social media, jornalista, músico, emo, jogador de bocha, astrólogo e benzedeiro nas horas vagas. Um colono que se encontrou na cidade grande e agora pensa que sabe escrever sobre qualquer coisa.
Leonardo Baldessarelli

Leonardo Baldessarelli