Na última sexta-feira, 05/04, o cantor, compositor e produtor alagoano Bruno Berle lançou seu segundo álbum, No Reino dos Afetos 2. Co-produzido por Bruno e seu parceiro, o produtor musical Batata Boy, a obra foi lançada no Brasil, pelo selo Coala Records, na Europa, pela Far Out Recordings, e nos EUA, pela Psychic Hotline.
Na sequência de seu álbum de estreia, No Reino dos Afetos (2022), o trabalho consolida Bruno enquanto um dos nomes de maior destaque da música brasileira contemporânea. Unindo tradições da música popular, com um forte foco na canção, o disco alcança com excelência uma sonoridade de características extremamente próprias, ao misturar violões com sintetizadores, percussões com beats, e voz limpa com autotune.
Mesmo com fortes raízes na MPB, Bruno traz elementos do hip hop, do R&B e de outros estilos musicais eletrônicos e contemporâneos. Com um trabalho harmônico rebuscado e linhas melódicas detalhadas, o artista atinge uma sonoridade pop, que passa longe do pastiche ao fundir sua estética própria com uma força comunicacional singular.
Falando de amor, ele fala de política, afirmando para si e para os seus a possibilidade do afeto. De forma despretensiosa, o artista não apenas faz música, mas também pensa suas possibilidades na contemporaneidade, unindo as tradições às novas tecnologias, criando novos horizontes para o seu fazer musical.
Trocamos uma ideia com Bruno sobre o processo de produção de No Reino dos Afetos 2, suas expectativas sobre o álbum e suas opiniões sobre música. Abaixo, confira a entrevista completa:
No primeiro disco, tu e Batata conseguiram imprimir uma estética própria com poucos recursos. Agora, em No Reino dos Afetos 2, vocês tiveram acesso a estúdios e outras coisas. Como isso impactou o álbum?
Com essa parada dos estúdios, eu sou mais sonhador e meu olho brilha muito. Já para o Batata, sinto que ele é mais pé no chão e faz acontecer o negócio que a gente quer, que é a música, a engenharia de produção, a forma de gravar, a segurança do processo. E isso também foi uma coisa que se destacou para mim de todo esse processo de feição do disco: o Batata dominou os estúdios, quando teve oportunidade. A gente gravou com Ana [Frango Elétrico] o começo do disco. Já tinha muita coisa do álbum, mas Ana deu muita força para o meu trabalho e o Coala comprou a ideia de fazermos algo juntos. Então a gente ficou uma semana produzindo e, nesse tempo, a gente foi em dois estúdios no Rio de Janeiro com muitos recursos irados, sintetizadores, microfones legais. Mas a gente não tinha nenhum controle sobre a parada de gravar, não conseguia timbrar as coisas, pegar no computador, era sempre um técnico que estava ali para nos ajudar. Mas essa comunicação é difícil,de dizer o que a gente quer e a pessoa entender de outro jeito. Nisso ainda estávamos com Ana. Então, ainda nessa primeira semana, foi um pouco difícil e a gente percebeu que o processo tinha que ser mais entre nós, com tudo nas mãos. Sentar no estúdio que a gente alugava, pagava hora para fazer e resolver. Só eu ficava com essa questão: “Pô, trabalhar nesses estúdios, como é que vai ser”? E o Batata sempre muito seguro. E aconteceu que a gente veio gravar no estúdio aqui em São Paulo e já nos primeiros dias ele conhecia tudo. Eu fiquei muito admirado, muito feliz, até hoje eu sempre comemoro quando eu estou em estúdios fodas. Para o Batata foi mais sereno e acho que isso me ajudou a equilibrar o meu desejo e minha possibilidade de fazer música.
A sonoridade do disco remete a tradições do cancioneiro popular, nas harmonias, melodias e arranjos. Mas tem outras influências que estão impressas, como o hip hop, o R&B e o boogie. Dá pra dizer que teu trampo pega essa tradição e, com as tuas características pessoais, traz isso para um contexto da sonoridade da música contemporânea?
Cara, esse é o meu desejo. Eu não quero ficar preso no passado e não estou mesmo. Mas essa recontextualização da tradição não acontece de forma pretensiosa. Eu não pensei sobre como fazer uma certa ideia se tornar atual. Acho que, na verdade, é por eu estar ligado com o que é atual, ouvindo, vendo e pesquisando. Acho que isso acontece por eu estar ligado no que rola agora. Estou no presente, como pessoa e como artista, e meu gosto acaba sendo relacionado a essa história, ao momento em que eu vivo. Se me perguntar por que eu escolhi tal música, a resposta é porque eu estou no presente, acho que ela representa essa história, esse momento. Então, dá para dizer que o disco recontextualiza, sim, essa tradição, mas não que isso seja uma parada pensada, de que no momento em que estou trabalhando pego a musicalidade do cancioneiro popular mais simples e misturo isso conscientemente, modernizando essa sonoridade. Por exemplo, o disco tem momentos em que é o mais simples possível, com voz e violão, música popular, mas sempre tentando encontrar, dentro desse universo da música brasileira, formatos e sonoridades diferentes. Então essa intenção existe bem de leve, mas é mais um desejo de estar no presente politicamente e esteticamente.
Tenho a sensação de que o álbum tem muitos contrastes e que isso é importante para a visão de produção impressa ali. Por exemplo, tua voz limpa ou com autotune, a percussão e o beat, o violão e o sintetizador. Como foi amarrar isso?
A resposta é muito parecida: isso é natural pra nós. São diversas formas de fazer música, porque a gente escuta e pensa em vários tipos de arte e de sonoridades. E sempre foi um desejo meu e do Batata fazer música de várias formas, com total liberdade. Acho que a união tem a ver com um senso estético que se dá principalmente pela simplicidade. Se você olhar o disco como um todo, os formatos das músicas são simples. As letras sempre têm rima, por exemplo. Tem essa simplicidade na melodia e na harmonia. A gente trabalha com certas repetições. Tem muitos momentos instrumentais também, dentro de músicas que são canções. Isso é um gosto nosso. E a amarração se dá não muito pelos arranjos e pela forma que a gente constroi as músicas como um todo, não foi, nesse caso, um desejo de fazer um disco coeso do começo ao fim, totalmente gravado parecido, com timbres parecidos.
É um disco conectado com o presente e com o meio em que vocês estão inseridos.
Como artistas e como pessoas, a gente precisava dessa diversidade. Porque no mundo de hoje é muito difícil viver só da própria música, então a gente apresenta várias formas de trabalhar, vários jeitos de fazer música e isso traz pra gente a possibilidade de produzir coisas dos outros artistas, que são diferentes das nossas. As pessoas dizem: “essa coisa que vocês fazem com beat é muito legal, vem produzir um disco meu”, mas ao mesmo tempo, nos abrimos para a possibilidade de produzir um disco mais orgânico. Nós temos feito isso nos trabalhos dos nossos amigos. O trabalho do Nyron [Higor], por exemplo, tem muita coisa com bateria, baixo e solos, é uma música mais instrumental. Ao mesmo tempo, o do João [Menezes] é totalmente orgânico, do começo ao fim. O do Felipe Nunes já é totalmente voz e violão, o João tem mais percussividade, molejo. Então, vem da necessidade de ser diverso nesse mundo diverso de hoje, da música de hoje.
O jeito que tu emprega a voz, a serviço das melodias e letras, é uma característica do seu trampo. Como tu enxerga o uso da voz durante o processo de composição? Tanto a voz limpa, sem efeitos, quanto o uso do autotune, por exemplo.
Sinto que ainda não chegou o momento de fazer um trabalho com um único tipo de voz, como o Tame Impala, ou como o Tagua Tagua, por exemplo. Ali, você escuta todas as músicas e têm o mesmo timbre de caixa da bateria ou das guitarras. Eu respeito quem faz assim, mas eu não quero fazer dessa forma. Nesse momento em que a gente é diverso e está correndo atrás de fazer vários tipos de música, produzir vários artistas, é um momento de pesquisa e experimentação. Eu acho que esse disco tem um caráter experimental mesmo, por mais que eu não goste dessa expressão. Esses dias eu falei isso para o Batata e ele falou: “Não concordo, a gente não está experimentando nada, a gente já sabe exatamente o que a gente está fazendo”. Eu gosto da percepção dele, mas acho que não vai ser assim para sempre. No próximo álbum, quero fazer algo que tenha uma uma coesão maior, mas nesse momento estou adorando ouvir a minha voz de várias formas. Nesse meu segundo álbum, a diferença da minha voz da primeira para a segunda música já é muito grande. Em “Te Amar Eterno” eu estou cantando lá em cima, em um registro agudo, já a segunda, “New Hit”, é totalmente embaixo, mais grave, e a terceira tem altos e baixos, a “Margem do Céu”. Aí já tem outra que é instrumental, outra que é mais radiofônica, outra que preenche todo o corpo da música. Um exemplo perfeito disso acho que são os Beatles. O John e o Paul cantavam a serviço da música, que é isso que você falou. As vozes eram muito diferentes de uma música pra outra, em qualquer disco, mas principalmente a partir do momento Rubber Soul (1965) e Revolver (1966). Depois disso, no Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967) todas as músicas são diferentes.
O que mais te interessa nas possibilidades criativas da gravação das vozes?
Uma parada que a gente fez muito em No Reino dos Afetos 2 foi mexer no pitch da voz, na velocidade. Gravamos em uma velocidade e aceleramos um pouquinho, por exemplo, porque isso deixa a voz mais aguda, talvez deixe a música um pouquinho mais magra. Enfim, eu gosto dessa experimentação. Hoje em dia é a tendência do momento, às vezes acho chato pra quem escuta um disco que tenha só uma voz. Na maioria dos discos, o que a gente escuta nos singles, sempre tem feats ou a voz modificada. Se não é um feat, é um sample. Nos discos de rap, isso é o que mais tem. O 21 Savage lançou agora um som com sample de música brasileira que tem essa voz no começo do som inteiro e só depois entra a voz dele, depois volta de novo o sample. Se a gente ver o Kendrick Lamar ou o Kanye West, cara, tem sempre milhares de vozes. Então, como no meu disco tem só minha voz, exceto os backing vocals, a gente quis modificar pra deixar o som mais dinâmico. No primeiro foi um pouco menos, mas nesse segundo está mais aparente esse desejo de modificar mais. E o autotune veio também para isso, para dar mais uma puxada nessa ideia de ouvir minha voz de formas diferentes.
Esse é um disco de canção, certo? Por mais que tenha uma faixa instrumental, é um lance para ser cantado. Queria que tu comentasse um pouco a respeito disso.
Eu fui criado na canção. Isso é algo muito forte para mim e eu amo mesmo, é uma paixão, uma parada muito natural da gente, do ser humano, da música feita desde sempre. É óbvio que tenho muitos e muitos outros interesses para além, mas até hoje a canção foi o que me possibilitou estar aqui, vivo e bem, morando em São Paulo, conseguindo ajudar a minha família. É o meio mais forte de se colocar como músico. E é meio mais fácil de recorrer e resolver a minha situação, sabe? Acho que isso é algo sempre presente no meu fazer musical. Pô, eu sou um músico foda, eu sou bom no que faço e tive a sorte de ter certos acessos. Então, antes de qualquer coisa, vou resolver a situação da minha vida para fazer depois uma outra música que eu desejo, uma música mais experimental. Então também é por isso que eu tento ir para outros lugares nos arranjos. Porque a canção já está ali. Se a canção é linda, minha voz é bonita, já é muito top. Então fica melhor ainda fazendo essas brincadeiras. E ao mesmo tempo, esses dois discos foram gravados com baixíssimos orçamentos. O primeiro foi zero e o segundo foi criado com uma grana legal, mas da qual eu acabei fazendo vários outros usos para salvar minha vida. Então, sempre pensei muito nesse lance de que preciso primeiro fazer uma música objetiva, simples, para depois ir para outros lugares. E acho que esse disco é o desejo de dar um push, digamos assim, uma melhorada nessa tentativa de ser um artista um pouco mais pop.
O afeto está no título e todas as músicas falam de amor. Tu sempre ressalta a importância de falar desses sentimentos, enquanto homem negro, nordestino, vindo de um contexto periférico. Como tu enxerga a importância disso?
É, sempre falo disso porque a gente se preocupa muito e se cobra muito entre nós mesmos. É uma parada mais nova essa possibilidade de curtir pessoas pretas falando de amor, principalmente homens, acho que as mulheres já falam mais. A indústria prefere uma mulher falando de amor, do que um homem. Nesse sentido, de criar uma música mais amorosa, afetuosa e delicada. E isso é um reflexo machista da indústria. É incerto isso que eu estou dizendo, é uma opinião minha. Mas o que eu quero dizer é que no Brasil, a gente tem poucos artistas pretos falando de amor. É uma parada mais recente. Eu fico pensando em Mano Brown, que é um parada que ele veio fazer agora, depois de décadas de carreira. O Seu Jorge que já tem uma tradição, mas que fala de muitas outras coisas também. Mas o jeito que eu aprendi a fazer música tem a ver com amor. Músicas de amor, com palavras e ideias de amor. E isso faz parte da tradição da música nordestina, falar sobre isso de uma maneira profunda e apaixonada. Então para mim é bem natural. Mas se a gente olha para o que tem na MPB hoje em dia, a gente vê que não tem muito. No próprio Coala, meu selo, é o Zé Ibarra, a Dora Morelenbaum, o Tim Bernardes e o Rubel. Quem é que a gente vê nesse cenário de música popular brasileira? Quais pessoas pretas falam de amor? Então, sinto que represento muita gente, muitas pessoas como eu, homens pretos, nordestinos, que querem falar de amor. Mas isso é bastante invisibilizado, porque o amor, esse amor romântico que conhecemos, ainda tem um domínio muito forte de pessoas brancas. Tipo um Chico Buarque, um Tom Jobim, referências intelectuais, e consequentemente brancas, daquele tempo da música brasileira.
Tenho a impressão que tu privilegia um tipo de expressão verbal direta nas letras e isso ganha força através do canto. Tu vai direto ao ponto na escolha do repertório e nas palavras que dão forma a essas músicas. Quero saber qual é a tua visão a respeito disso?
Sempre foi do meu gosto ouvir músicas que sejam diretas, mais simples, mais fáceis de serem assimiladas. Acho que é da tradição da nossa música, mesmo músicas que olham para a língua portuguesa de uma maneira diferente, fazem esse tipo de síntese. A gente traz para um campo mais afetivo de pensamento. Até o Elomar, que é um cara de uma de uma grandeza do conceito das obras, o sotaque, o jeito que ele usa a língua é resumido, sempre mais rápido, mais fácil de dizer. Mas acho que isso também está presente nas obras, por exemplo, da Sade e da Marina Lima. Acho que elas duas têm muito a ver nesse sentido: da elegância e da forma direta de se comunicar. Claro que eu também gosto da complexidade das músicas de outros compositores, mas eu não me vejo muito nesse lugar intelectual, de fazer uma música difícil. Quero fazer a música mais sincera e mais simples possível mesmo, do meu coração.
Tu fala da poesia alagoana enquanto origem dessa simplicidade, trazendo também imagens da natureza. No álbum, aparecem as flores, as estrelas, o céu e isso também cria um tipo de contraste com a produção, que puxa para um lado mais urbano. Comenta um pouco sobre isso, por favor.
Acho que tem esse lance que você apontou: de ser simples. E a natureza, acho que a parada mais simples de todas. Eu, o Felipe e o João, que são compositores presentes no álbum, a gente conviveu muito em Alagoas. E houveram poetas que a gente conheceu juntos e acabou se afeiçoando lá no tempo quando a gente começou a compor e conviver. Sempre foi uma parada da gente de ler poesia, literatura em geral e compartilhamos isso uns com os outros. “Esse livro é muito bom”, aí todo mundo ia ler o livro. Alguns que eu apontaria: a Carolina Maria de Jesus e a Cora Coralina. Um cara que eu fui muito influenciado foi o Walt Whitman, aquele livro dele, muito doido, “Folhas da Relva”. Depois veio o Fernando Pessoa, e o heterônimo, o Alberto Caeiro. O Solano Trindade, que tem uma produção mais recente muito foda. Outro cara que influenciou muito foi o Khalil Gibran, os livros dele tem essa coisa da natureza, ele usa o simbolismo da natureza de uma maneira muito simples.
Como as figuras de linguagem relacionadas à natureza fazem parte da estrutura das músicas?
Compus muitas letras em um primeiro momento e depois comecei a não escrever mais nada. Comecei a fazer mais músicas e fui diminuindo as letras, deixando com menos palavras. E esses símbolos simples, acho que também tem a ver com a tradição africana. Olhar pra natureza, simbolizar ela e é transformar ela, dando nomes para as coisas. Eu não tenho e nunca tive uma relação com as religiões de matriz africana, com a literatura africana de uma maneira mais profunda, mas isso é algo muito presente nas artes provindas da diáspora. Acho que a minha intenção é fazer isso com a música. Criar e usar esses símbolos, essas palavras, representando momentos específicos das músicas. Se eu falo de sol, o tom vai para cima, se falo de chuva, para baixo. Usando essas palavras simples e agregando significados para elas através da música e não através de novas palavras.
Fechando a conversa, o que tu espera de Reino dos Afetos 2?
Cara, eu quero dinheiro, sabe? Acho que vai rolar, com calma, com serenidade. Vai ter uma turnê agora em maio, começa dia 2 e vai até dia 22, lá na Europa, e vai ser uma primeira visão do que vai rolar. Isso por um lado mais promocional. Enfim, eu trato de forma muito objetiva. A música fala muito diferente para cada pessoa. Mas falando de longo prazo, eu quero que esse álbum fique para sempre. Eu acho que vai ser um dos melhores discos do ano, que tem potencial para estar entre os cinco melhores discos deste ano no Brasil. E é um disco que eu estou lançando por selos fodas. Isso não é brincadeira. Eu quero que aumente minha audiência, que as pessoas gostem, que venha mais gente para os shows. Se eu conseguir ganhar o dobro do que ganho hoje em dia já seria muito bom, que não é muito, para sobreviver e viver bem. Quero continuar viajando, fazendo mais shows, me apresentando mais e quero fazer mais discos, que é meu o principal interesse, criar mais música. Acho que não cheguei nem a 5% do que eu posso fazer. Ultimamente eu vou nos shows e fico viajando tipo: “Com essa estrutura aqui, bicho dava para brincar bastante”. Agora também estou produzindo outros álbuns de amigos, então eu fico pensando muito no que eu poderia fazer se tivesse uma orquestra à disposição, por exemplo. E agora em julho, a gente vai gravar um disco novo colaborativo, eu e um amigo lá da Islândia, um álbum novo, orquestrado, trampando com a galera da Europa. Então o meu interesse é conseguir aumentar minha audiência, dobrar se possível. Sei lá, hoje eu tenho 100 mil ouvintes lá no Spotify, se tivesse 180, 200, já seria legal, porque eu acho que isso também reflete em dinheiro. E é isso, seguir trabalhando com a Far Out, com a Hotline, com o Coala. E pô, ser feliz, velho, ver as pessoas felizes no shows, as pessoas se emocionando com as músicas. Eu gosto de botar o povo para chorar, então se eu souber que as pessoas estão se emocionando com a parada já vai ser muito legal, muito bonito.
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