Com foices e tochas, Carne Doce lança o clipe de “Falo”

15/02/2017

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos: Rodrigo Gianesi/Divulgação

15/02/2017

O elogiado segundo disco do Carne Doce, Princesa (2016), ganhou mais um clipe forte. Após o peso mostrado em “Artemísia”, a correria das turnês que aparece em “Açaí” e a delicadeza íntima trabalhada em “Eu Te Odeio”, agora chegou a vez de “Falo” ser representada em imagens.

Na faixa, a vocalista e letrista Salma Jô conversa diretamente com o ouvinte ironizando as críticas de cunho machista que surgem a uma banda encabeçada por uma mulher. Além disso, demonstra sua revolta perante às violências (simbólicas ou não) que as mulheres muitas vezes se deparam nas relações com os homens. Em comunicado à imprensa, ela explica que “Falo” aborda “uma indignação legítima”:

*

– Um acúmulo de pequenas injustiças cotidianas vai sendo cozinhado até se tornar ira, ódio. O que antes era a minha ausência de poder como vítima se transforma num poder para a tirania. É a música mais direta sobre as minhas reflexões do feminismo nas minhas relações particulares, ainda que visando uma história que pudesse ser universal. Tem sido incentivado que as mulheres façam essa investigação e essa denúncia do machismo nas suas relações particulares, de trabalho, familiares, afetivas. Como muitas, eu andei me instigando sobre isso – conta Salma.

Cena do making of do clipe de "Falo" (Foto: Rodrigo Gianesi)

Cena do making of do clipe de “Falo” (Foto: Rodrigo Gianesi)

Considerando que a música fala sobre o papel que as mulheres ocupam (e deixam de ocupar), não surpreende que Salma também tenha colaborado com o roteiro do seu clipe junto ao diretor Bruno Alves e o diretor de fotografia Pedro Ferrarezzi. Gravado na Fazenda Santa Esther, em Amparo (SP), em outubro de 2016, o vídeo mostra “um tempo histórico não identificado em que um homem é capturado por meninas em uma igreja e levado para uma fogueira”, conforme texto à imprensa.

– Depois de muitas conversas e trocas de referências com a Salma, decidimos seguir o caminho simbólico, de criar uma história forte em imagens, agressiva, mas não necessariamente violenta. Um pesadelo. Conseguimos, de certa forma, aprofundar num universo em que meninas, unidas, são a manifestação do pior medo que um homem poderia ter – comenta o diretor Bruno Alves.

Não precisa ter medo, assista:

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15/02/2017

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