45 anos de paz e música | Woodstock Dia 1

15/08/2014

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

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15/08/2014

Os três dias de paz e música mais cobiçados de todos os tempos comemoram 45 anos hoje. Nesse mesmo 15 de agosto, 400 mil pessoas esperavam para entrar no festival que mais tarde se tornaria um dos símbolos da contracultura dos anos 60, o Woodstock. A partir de hoje até domingo, vamos relembrar o que rolou no palco do festival que reuniu os grandes Janis Joplin e Jimi Hendrix e deu espaço para os que mais tarde se tornariam conhecidos, como o guitarrista Santana.

Com um público tão gigantesco, a organização do evento não teve como conter as pessoas que entraram sem pagar passando por cima de portões e grades. A chegada até à fazenda em White Lake (Estados Unidos) era tão complicada que alguns músicos tiveram que ir de helicóptero.

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O atraso de alguns artistas foi uma das razões da apresentação de Richie Havens, que abriu o festival, ter sido tão longa – três horas de duração. Uma de suas performances finais foi “Freedom”, um hino do Woodstock e uma releitura da canção gospel “Motherless Child”. Richie nos deixou no ano passado aos 72 anos.

Richie Havens

O guru do Woodstock e um dos mestres da yoga, Swami Satchidananda, fez o discurso de abertura do festival durante 10 minutos. A presença dele foi importante para reforçar a mensagem de paz, amor e de insatisfação com a Guerra do Vietnã que o festival queria transmitir.

A primeira banda a subir no palco do Woodstock foi o Sweetwater, que só conseguiu chegar de helicóptero no local. No festival, eles encontraram uma estrutura precária de som. Nada funcionava e o baixista Fred Herrera chegou a falar que eles eram a “passagem de som” do Woodstock. Era para o Sweetwater abrir o festival, mas o atraso foi tanto que Richie Havens acabou passando na frente da banda para acalmar o público.

Swami Satchidananda

Sweetwater

Uma das melhores performances do primeiro dia do festival foi do cantor folk Bert Sommer, que arrepiou o público com sua voz. Mesmo assim, o show de Sommer é comumente esquecido por todos. Tanto que nenhuma das dez músicas de seu set-list entraram para as compilações do Woodstock. Apesar disso, Sommer era a cara da juventude da época: cabelão desarrumado, fita e a esperança de um mundo melhor na cabeça.

A próxima atração da noite era para ter subido no palco mais cedo, mas estava tão drogada que não conseguiu. Tim Hardin fez um show de apenas 20 minutos. Logo após sua apresentação, a chuva começou a cair com tudo. Mas nada que não fizesse o virtuoso Ravi Shankar tocar seu set de trinta minutos e ser uma das atrações mais especiais do festival.

Bert Sommer

Tim Hardin

Ravi Shankar

A primeira noite do Woodstock terminou cedo, às 2h da manhã. Em grande parte por causa da chuva que embarrou tudo e deixou os equipamentos molhados. Melanie Safka tocou um set de apenas sete músicas na chuva. Ela se apresentou no lugar do The Incredible String Band, que se recusaram a tocar em plena chuva. Durante a performance doce de Melanie, o público acendeu velas que foram a inspiração da canção “Lay Down (Candles in the Rain)”.

Continuava a chover e Arlo Guthrie subiu no palco com o single “Coming into Los Angeles” e seu set psicodélico, incluindo o cover de “Walking Down the Line”, música original de Dob Dylan. Grávida de seis meses, Joan Baez encerrou mais cedo o primeiro dia de Woodstock. A versão feminina de Dylan cantou para um público exausto, mas que curtiu seu show até o “Bom Dia!” de Joan e a chuva apertar pra valer.

Melanie Safka

Arlo Guthrie

Joan Baez

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15/08/2014

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