Amazonas Rock | Dia 2

13/10/2013

The specified slider id does not exist.

Powered by WP Bannerize

Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos:

13/10/2013

(Cabocrioulo. Foto: João Paulo Machado)

O primeiro dia de festival nos deixou realmente na expectativa pro segundo. O calor era muito intenso durante a tarde em Presidente Figueiredo e o horário do primeiro show se aproximava. O ótimo bom senso da produção atrasou o início em uma hora e a banda Cabocrioulo subiu ao palco por volta das 16h, mostrando um som não tão pesado quanto as demais. Influências de reggae, samba e rock deram o início do segundo dia que, já de cara, mostrava que ia ser diferente.

*

Quando a segunda banda subiu ao palco pudemos perceber que não seria um dia qualquer. The Stone Ramos, vestidos a caráter, peito cabeludo à mostra na camisa e palito de dente no canto da boca. Com um bom humor aliado a uma boia presença de palco, os Stone Ramos espancaram o baixo com a música de abertura, “Meu Cofrinho de Amor”. Recados de amor às mulheres do público, calcinhas em cima do palco e mensagens dos patrocinadores dos anos 60 entre as músicas puderam caracterizar bem o que foi esse show.

The Stone Ramos: Foto: Christian Braga

The Stone Ramos: Foto: Christian Braga

A diversidade foi uma coisa marcante do festival Amazonas Rock. A banda Jarakillers assumiu e, com um thrash metal de peso, colocou o público pra balançar as cabeças. Uma das músicas chamou bastante atenção pelo contexto, “Osama is Here”, que afirma que Bin Laden não apenas está vivo, como está escondido na Amazônia. Nada mal o lugar que ele escolheu pra se esconder…

Mais uma vez pudemos comprovar a fidelidade do público manauara ao thrash metal. O calor era intenso, mas nada impediu que a maioria de preto pulasse e agitasse a roda punk na Praça da Vitória.

E seguindo o espírito de diversidade, a banda Malbec apresentou o trabalho do primeiro disco, “Paranormal Songs”, que consistia em um rock bem mais suave e com letras e vocais muito bem trabalhados, embalando o público Zé Cardoso e Ian Fonseca, os dois vocalistas da banda. Para fazer o download do disco da banda é só clicar aqui.

É muito bom de ver quando uma banda tem uma identidade musical e sabe aplicar ela nas suas músicas. A Molho Negro é um rock de garagem e uma máquina de refrãos e hits. Todas as suas músicas foram cantadas pelo público, as letras são de contexto muito atual com o cenário musical manauara, com o cotidiano dos jovens e da sociedade como “Aparelhagem de Apartamento”, “Ela prefere o DJ” e “Se Ela não é Lésbica tem Namorado”.

Molho Negro. Foto: Christian Braga

Molho Negro. Foto: Christian Braga

O disco da banda era vendido pelo preço que o público escolhesse pagar e tinham camisetas àvenda com os refrãos ilustrados. Download free do álbum clicando aqui.

A banda que veio na sequência foi o Madame Saatan. Liderada pela vocalista Sammliz, ela não apenas deixou o público extasiado com o peso das músicas e da sua voz, como com sua beleza. A cada intervalo de música, a frontwoman recebia um novo pedido de casamento e aproveitava as situações para interagir com o público e deixar todos cada vez mais loucos. É bonito ver o rock correndo nas veias de uma mulher.

E pra fechar com chave de ouro, o mestre Sérgio Dias trouxe Os Mutantes para Presidente Figueiredo e encerrar o II Festival Amazonas Rock. De longe era a banda mais esperada pelo público, que levantava discos de vinil, cantava todas as músicas (inclusive as do disco novo) e se abraçava, com a expressão de quem agradecia aquele momento e aquele final de domingo que ia se indo embora, encerrando esse final de semana especial para o Amazonas e todos que estavam lá.

(Fotos Os Mutantes e Madame Saatan: Christian Braga, Rogger Diego e Kamilla Assem)

*A NOIZE viajou a convite do festival

Tags:, , , , , , , , ,

13/10/2013

Revista NOIZE

Revista NOIZE