Amazonas Rock | Dia 1

12/10/2013

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

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12/10/2013

É bonito de ver quando o governo (do Estado) investe pesado em cultura e, melhor que isso, quando o governo investe pesado em rock. Realizado pelo Fórum Permanente da Música e pela Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas, o II Festival Amazonas Rock reuniu os mais diferentes tipos de rock do cenário musical manauara.

Presidente Figueiredo, a 107 km de Manaus, sediou o evento, e nós fomos até lá para acompanhar esta que seria a primeira edição do evento longe da capital.

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A cidade possui cerca de 30 mil habitantes e é conhecida por suas cachoeiras – 170 no total. Pequena, mas com um potencial natural gigante e uma praça perfeita para realizar um festival como o que presenciamos.

Aberto ao público, o II Amazonas Rock equipou a Praça da Vitória com um palco de luxo com camarim, dois telões com transmissão web ao vivo e um camarote VIP. Nesta estrutura, o festival apresentou uma variedade de bandas que conseguiram abranger quase todas as vertentes do rock n’ roll. Do rockabilly, passando pelo hard rock, stoner rock, thrash metal até o grunge e o indie.

No primeiro dia (5/10), o Coyotes Voadores iniciou os trabalhos. O público ainda não estava totalmente presente, mas isso não significou que os que estavam lá não balançaram pés e cabeças ao ritmo de “À República – Parte 1”. Foi um ótimo aquece para o que estava por vir.

Coyotes Voadores. Foto: Rogger Diego

Coyotes Voadores. Foto: Rogger Diego

A segunda banda veio do Pará. O Turbo estava com um material novinho e gravado na Suécia em mãos. Isso mesmo, Europa, vinil, K7, CD e até uma web série no Youtube. Riffs pesados e presença de palco marcante motivaram e atraíram ainda mais pessoas para a Praça da Vitória ao som das guitarras distorcidas.

Então, veio o Chá de Flores, banda formada em 1997, integrante dos primórdios do rock n’ roll na Amazônia. Foi evidente que todos que estavam ali, da produção ao público, a conheciam. Uma banda que representa e muito os manauaras não só com suas músicas, mas com seus feitos como o curta “O Rock Que o Brasil Não Viu”, produzido pelo próprio Bosco.

Chá de Flores. Foto: Christian Braga

Chá de Flores. Foto: Christian Braga

Após o show do Chá de Flores, foi a vez da alma de Kurt Cobain subir ao palco e cantar em português com o Infâmia. Um grunge muito bem representado que, além dos riffs marcantes, era perceptível uma vontade natural do baixista Thomaz Campos de se jogar na bateria como fez Kurt Cobain. O baterista, Anastácio Junior, por sua vez se mostrou um músico completo, motivo que o leva a ser muito requisitado. Além de tocar com o Infâmia, também subiu ao palco com sua outra banda, Coyotes Voadores, substituiu um baterista que não foi e por sorte não tinha sua terceira banda inscrita no festival. Voa, Anastácio!

Infâmia. Foto: Rogger Diego

Infâmia. Foto: Rogger Diego

O Anônimos Alhures foi a primeira banda a colocar uma mulher no palco. Olívia de Moraes chegou colocando fim aos comentários a respeito da sua semelhança com Maria Gadú. “Eu toco rock”, disse e fez.

A banda Antiga Roll tocou em seguida e se mostrou uma forte seguidora dos passos dos Ramones. Apresentando seu EP “De Jaqueta no Inferno“, deixou o público ansioso e agitado para a banda que viria em seguida.

Depois do Antiga, foi a vez de mais uma mulher subir ao palco. Desta vez com o superaguardado Autoramas. O público mostrou que realmente foi até lá para ver a banda e se divertir com músicas como “Você Sabe” e “Fale Mal de Mim”, além do hit “I Saw You Saying (That You Say That You Say)”, escrita por Gabriel Thomaz, vocalista do Autoramas, em parceria com o Rodolfo Abrantes, ex-Raimundos.

Autoramas. Foto: Christian Braga

Autoramas. Foto: Christian Braga

O Hipnose Death subiu ao palco em seguida, para mostrar que o metal é estilo musical que possui o público mais fiel no norte do país. A banda transformou a Praça da Vitória em uma verdadeira roda punk manauara.

Depois, chegou a vez do Brutal Exuberância, que subiu ao palco orgulhoso de suas origens. “Somos índios mesmo e viemos, sim, do meio do mato”, disse o vocalista, Naldo. “Só que tem um detalhe: no meio do mato, com uma canoa e um remo, dá para fazer um som.” Máximo respeito.

Quem encerrou o primeiro dia foi o Devotos. Com 25 anos de banda, também era uma das mais esperadas pelo público e tirou a última energia que restava de quem sobreviveu ao Hipnose Death e ao Brutal Exuberância.

*A NOIZE viajou a convite do festival

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12/10/2013

Revista NOIZE

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