A casa [em São Paulo] é antiga, com vitrola, instrumentos na parede. Uma casa simples. A banda mora junto com dois outros amigos de Salvador. O baixista mora em outro local, mas visita a casa diariamente. O processo de convivência influencia muito no som da banda. As influências de cada um se mesclam bastante.
Boa parte dos instrumentos fica no estúdio, mas temos muitos violões espalhados pela casa, até no banheiro tem um. Mas é decorativo, porque está quebrado, rs.
Nunca tivemos problemas com vizinhos por causa do som da banda, mas de vez em quando os amigos aparecem e fazem alguma festa. Já recebemos reclamação por isso.
O estudio é simples, visitamos com frequência pra passar algum repertorio do show, mas geralmente entramos nele pra desenvolver ideias. A jam é rara, mas de vez em quando rola quando os amigos músicos estão por aqui. O cômodo que a gente mais gosta é o “gueto” (um quarto improvisado que é colado no estúdio). Tem todo um charme.
As tarefas da casa são divididas assim: quando a coisa tá tensa, a gente faz uma força tarefa. Mas estamos evoluindo, rs. O problema da nossa vida é a louça. Seria incrível se ela se lavasse sozinha.
A casa abriga muitos amigos e bandas de fora. Mais de 100 pessoas já dormiram por aqui algum dia (óbvio que não ao mesmo tempo). É como um ponto de encontro entre vários amigos. No final das contas, o clima acaba sendo bem “família” mesmo. Tem bagunça, mas tá longe de ser uma esbórnia. As meninas (namoradas) sempre vem e fazem uma janta. Todo mundo acaba assistindo algum filme junto nos fins de semana livres.