#BQVNC | Pra derreter com o disco de estreia do Desert Killers

21/08/2015

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Paula Moizes

Por: Paula Moizes

Fotos: Divulgação

21/08/2015

Quando existe sintonia, a música flui. Foi nesse clima que Toni Ribeiro (bateria e vocais) e Matheus Zingano (guitarra e vocais) se encontraram em 2013 e formaram o duo matador do Desert Killers. Hoje eles lançam Mirage (2015), o primeiro disco de estúdio resultado desse casamento perfeito que respeita as referências de cada um e com elas constrói a identidade da banda.

De primeira, o Desert Killers pode lembrar outra dupla poderosa que surgiu faz pouco na cena internacional, o Royal Blood. Mas o timbre das guitarras (que no caso do Royal Blood é um baixo, na verdade) não é a única diferença entre eles. Enquanto a banda gringa mostra apenas sua face destemida, o som do Desert Killers também vai trazer um pouco da fragilidade do folk e da experimentação da psicodelia.

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As duas faixas do EP de estreia, Ardio (2014), revelam bem essa variação de ritmo que uma mesma música do Desert Killers pode ter. Com “So Bad” e “Take My Way”, gravadas no estúdio caseiro de Matheus, eles conseguiram marcar os primeiros shows da banda. A maioria das apresentações conta com a participação do baixista Gustavo Rodrigues, que dá mais corpo às músicas ao vivo, como contou o baterista Toni Ribeiro em entrevista à NOIZE. No EP, eles mostram que sabem fazer bons riffs – daqueles que parecem que já existiam na nossa cabeça – como o de “So Bad”, sempre acompanhados pelo bumbo marcado e os pratos cintilantes de Toni.

Depois das gravações caseiras do EP, eles foram parar nos majestosos estúdios do Red Bull Station, onde puderam brincar a experimentar novas formas de gravação para o disco Mirage. A produção é deles mesmos, com mixagem de Rodrigo Funai e masterização de Felipe Tichauer. “Eu e o Matheus nós somos o Desert, mas a gente gosta muito de trabalhar e pensar no coletivo. Uma coisa que foi muito legal no processo do disco foi o fato da gente ter trabalhado com muitas pessoas legais. Tivemos também participações de alguns músicos: o Thiago Juliani, do Soldado Marimbondo, tocou uma guita com a gente; o próprio Gustavo que gravou os baixos; teve a Dani Moreno que é uma grande atriz e fez os vocais de apoio de algumas músicas. A gente curte essa história de trabalhar juntos nós dois, mas também estamos felizes porque um monte gente boa topou trabalhar com a gente”, comentou Toni.

O primeiro single do novo disco foi “Can I Go?” e sua letra forte com cara de hit. O lado B é “Honeymoon”, a canção de amor do Desert Killers. Logo em seguida chegou o single “O Troco da Sorte”, composição em português com pegada de blues e paradas estratégicas, e seu lado B “Enjoy the View”. “Esse disco, uma coisa feliz dele, é que ele traz muito do que a gente é em termos do que a gente pensa, do tipo de som que a gente acredita. Transparece o que eu e o Matheus somos”. Não perde tempo e ouve aí as oito faixas de Mirage:

O Desert Killers tem espírito livre e solto, como o próprio processo de composição de Matheus e Toni, norteado pela afinidade que há entre os dois. Seja nas partes mais pegadas ou nos momentos calmos, o sentimento tem que estar lá. Eles bem sabem disso, já que estão tocando na cena independente muito antes de tornarem-se os protagonistas do Desert Killers. Enquanto eles não marcam um show na sua cidade, curte a grande jam dos caras no Audioarena Originals e o clipe de “Can I Go?”:

Mais Desert Killers:
desertkillers.com
facebook.com/desertkillers

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21/08/2015

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Paula Moizes

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