Por Rafael Carvalho
Fotos: Camila Mazzini
O The National voltou ao Brasil para um show grandioso, na última terça, no Citibank Hall, em São Paulo. Antes de subir ao palco, ainda durante a tarde, o vocalista Matt Benninger recebeu a NOIZE. Na conversa, falou sobre a nova música, “Think You Can Wait”, produzida para o filme Win Win, do cineasta Tom McCarthy, e sobre o processo de composição da banda, que toca no Circo Voador, no Rio de Janeiro, amanhã.
Como foi compor e gravar a música do filme?
Acho que fazer a música para o filme foi mais fácil e mais rápido do que imaginávamos. Não criamos uma música para um personagem em específico ou tipo a música que toca na tela preta final. Fizemos o que achamos que seria o humor do filme, que achamos que tem a cara do filme em diferentes sentidos.
E foi somente esta música ou veio uma safra e podemos contar com um novo CD?
(Risos) Na verdade, foi somente essa música mesmo. Fizemos uma trilha para um jogo de vídeo game, que eu acho que vai ser muito legal. Estou ansioso para jogar.
Esta é a segunda vez de vocês por aqui. Na primeira, tocaram em um festival que não existe mais e, agora, em um show solo. O que muda nessas apresentações?
As duas apresentações dizem muito para nós. No caso dos festivais, você tem que seduzir o público e entrar no humor deles, não adianta forçar a barra. Estamos vindo do Lollapalooza, e o clima foi incrível lá. Tocar em um lugar como esse, para um público menor, me traz mais conforto para fazer minhas estripulias, como rolar no chão, cantar sentado, essas coisas. E sempre que os shows são solo, por mais que tenha gente na plateia que veio para conhecer seu show pessoalmente, muitos já gostam da música e cantam junto, isso muda todo o clima da apresentação.
High Violet é, provavelmente, o álbum mais aclamado pela crítica. O que isso muda na composição de próximos álbuns?
Preferimos não pensar dessa maneira. Claro que muda um pouco, porque sentimos que agora agradamos um leque maior de pessoas, e seria ótimo poder agradar a todos novamente, mas nem sempre acontece. De uma maneira geral, vamos fazendo as músicas e montando o CD sem pensar muito que tal música vai dar mais certo que a outra, mas ao longo do tempo nos acostumamos com isso, e tentamos não levar essa pressão para dentro do estúdio.
Já que é a segunda vez de vocês por aqui, tem alguma coisa que gostaria de fazer novamente por aqui?
Da outra vez estávamos no Rio, e nos levaram para um jogo do Flamingo.
Flamengo.
Isso, Mengo. Foi incrível, a paixão por futebol por aqui parece que muda vidas mesmo. (Risos)
Você tem um time favorito de futebol por aqui?
Da outra vez, nos levaram no jogo do Flameeengo (com ênfase no ‘e’), mas fora isso, não tivemos muito tempo de conhecer muita coisa. Foi muito legal de qualquer maneira.
Mais sobre a passagem do The National pelo Brasil, você confere na próxima edição da revista NOIZE, que está prestes a sair do forno.