Deu mangue, numa disputa entre tecnobrega, funk e hip hop | Tathianna Nunes

03/12/2012

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos:

03/12/2012

_por Tathianna Nunes

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Durante os dias de montagem em Olinda, na frente de um prédio histórico que abriga a Prefeitura da Cidade, locação do Red Bull Batida Vertical, olhava para o céu e logo pipocava na minha cabeça: “a noite vai ter lua cheia, vem de longe, vem me ver”. E teve. E teve muita emoção.

A idéia do evento era colocar batidas para disputar em varandas montadas no sitio histórico. Nada de formato básico de banda. É DJ soltando base e os vocalistas/músicos se virando para ganhar a batalha. A escalação dos guerreiros começou em março deste ano (e ainda tem gente que acha que produtor vive de barzinho em barzinho terminando a semana numa festinha, pobres mentes).

Fred 04 e seu manguebeat durante a batalha

Guerreiros escalados:

1.     Representando o manguebeat que chegou com frevo-eletrônico de entrar pra história na parada – Fred 04 e Leo D! E ainda teve participação especial do maestro Forró.

2.     Da cidade maravilhosa, o pancadão funk do Duguetho com a MC gostosa Sabrina que derreteu os marmanjos e me fez ligar hoje para academia para aumentar meu plano (inveja é lasca)

3.     São Paulo veio com Hip Hop e nada de marmanjo como é de esperar. Chamamos a diva musa Lurdez da Luz.

4.     Batalha de ritmos sem treme não dá, certo? E vem o treme, treme, treme da Gang do Eletro com seu neon, led, tremedeira e corpo de borracha de Keila Gentil, a moça mais gentil de Belém do Pará (ah, inclusive eles querem mais uma dançarina. Eu fiz o teste e passei – sou a cigana do eletromelody agora. Engole essa! Beijo)

Gang do Eletro trouxe o eletromelody para o centro histórico de Olinda

Como arrumamos essa batalha? Cada Estado recebeu um treat especial do Veejay Mozart que fez um mapping para colocar mais fogo na disputa e ainda criou uma programação para ver que grupo começava cada round. Hum, não falei dos rounds ainda não foi? Ah, gente, pensa um pouco, batalha tem round. Vocês não assistem novela e nem MMA? Oxe. O primeiro round cada ritmo entrou com uma batida clássica, segundo foi do coração (ounnnn), a terceira foi para sacudir a moçada e o último round foi um cover.

O músico e VJ China ficou com a responsabilidade de contar toda a história e organizar a batalha. E ficou na mão do público que lotou, pulou, gritou, esperneou, dançou, tremeu e rebolou escolher quem era o vencedor de cada round com gritos frenéticos. Uma equipe super bem instruída e treinada analisada os dados dos gritos e passava para China o vencedor. Resultado: empate. E aí: vai de Freestyle galera. Aí, o cavaquinho e a loucura de Fred04 ganhou o coração de todos. Deu mangue. Mas, na real, nem teve vencedor nesta história.

Genial, não é? Quem perdeu isso não é doente do pé ou tá com a cabeça quebrada? Vou acender uma vela para que este evento rode o Brasil. Nós merecemos uma festa desta sempre.Olhem as fotos e vejam por vocês mesmo a festa.

Deu mange.

@tathiannanunes é produtora cultural, professora, jornalista e, por algum caso do acaso bem marcado em cartas de tarô, é Santa Cruz.

 

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03/12/2012

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