O tom confessional de Drês pode tornar a assimilação do disco travada: músicas boas, como “Conta”, em que Nando saúda sua mãe, soam fracas comparadas às canções roqueiras que as precedem. Isso implica dizer que “Hi, Dri” abre o disco com classe e tem uma ótima pegada setentista, igualada pelo riff hendrixiano de “Mosaico Abstrato”. Para os habituados ao trabalho acústico do ex-Titã, sobram momentos tranquilos e felizes, ainda que as melodias vocais que identificam Reis sejam às vezes repetitivas em sua criatividade (“Ainda não passou”). Não é um disco para atrair novos fãs, mas agradará muito aos velhos.
Por F.C.