Entrevista: Citizens!

01/02/2013

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos:

01/02/2013

O som dançante e contagiante do Citizens! já foi descrito pelo NME como “uma sofisticada e glamourosa fusão de David Bowie com Franz Ferdinand. Já o grupo, composto por Tom Burke (voz), Thom Rhoades (guitarra), Martyn Richmond (baixo), Lawrence Diamond (sintetizadores) e Mike Evans (bateria), uniu-se com o simples intuito de “criar canções extraordinárias e imaginativas”.

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Sem negar a vertente pop que corre em suas veias, a banda acredita que o gênero já viveu dias melhores. E é sem nenhuma modéstia que o quinteto londrino pretende tornar o gênero sinônimo de qualidade, como costumava ser no passado.

Eles conversaram com a gente, antes de subirem ao palco do MECAFestival:

Alex Kapranos, do Franz Ferdinand, produziu o álbum de estreia de vocês, “Here We Are”. Como foi trabalhar com ele?
Tom Burke:
Foi fantástico. Ele virou um amigo da banda. É uma pessoa incrível de se trabalhar, cheio de ideias e energia. Uma coisa que poucas pessoas sabem sobre o Alex é que ele é um cozinheiro fantástico. Tem até um livro sobre isso. Todos os dias, a gente trabalhava e, depois, ele preparava pratos deliciosos, e nós jantávamos.

E, musicalmente falando, o Citizens! se alimenta do trabalho do Franz Ferdinand e de Alex Kapranos? Ele é uma influência no som de vocês?
Tom Burke:
Sim. Sempre que um artista tem uma boa relação com o seu produtor no estúdio, ele acaba sendo influenciado. Nós gostamos do Franz Ferdinand, mas não queremos soar parecido com eles.

Quando as primeiras matérias sobre vocês saíram na imprensa internacional, vocês foram rotulados como a grande descoberta de Alex Kapranos. De que forma veem isso?
Martyn Richmond:
Não consideramos uma coisa negativa. Ele é um bom amigo, e nós estamos muito felizes de sermos associados a ele. Alex é um cara fantástico e possui uma grande reputação. Nós o amamos.
Tom Burke: Em essência, é verdade. Alex foi uma das primeiras pessoas que prestou atenção na nossa música, e ele tem nos dado muito apoio e estímulo, justamente o que precisávamos.

Vocês imaginavam vir ao sul do Brasil, pra tocar no meio do nada?
Tom Burke: Nós pegamos uma van em Porto Alegre, pensávamos que seria uma viagem de 15 minutos. Adormeci e, quando acordei, já estávamos aqui, no meio do nada.
Martyn Richmound: É, mas para um lugar no meio do nada, até que tem muita gente aqui. (Risos)

As letras de vocês falam sobre amor, relacionamentos e frustrações. Por que essa temática é tão recorrente no trabalho de vocês?
Tom Burke:
Tirando uma canção que fala sobre se envolver com a namorada do seu melhor amigo, acho que, na maioria são canções, falamos sobre amor. Mas, na maneira como vemos, a política está morta, a filosofia está morta e a religião está morta. Então, o que resta disso tudo pra acreditarmos? No final, o que sobra são momentos intensos e pessoas, e isso é um tipo de redenção. É sobre isso que escrevemos.

Que música gostariam de ter composto?
Tom Burke:
Ah, tem várias, mas “Changes”, do David Bowie, seria uma delas.

Qual foi o show mais incrível que vocês já viram na vida?
Tom Burke:
Acho que os melhores shows que uma pessoa pode ver na vida são aqueles em que você vai quando tem 16 anos. No meu caso, provavelmente foi algo idiota, como Foo Fighters.
Thom Rhoades: O meu foi um do Michael Jackson, no estádio de Wimblendon. Eu era uma criança e fiquei o tempo todo sentado nos ombros do meu pai. Talvez por isso hoje ele deteste o Michael. (Risos)

Se vocês pudessem dividir o palco com um artista, quem seria?
Tom Burke: Nós adoraríamos tocar com o Frank Black, do Pixies, não só porque eles são uma grande influência pra gente, mas porque é um músico extraordinário. Se ele topasse, seria muito legal.

E os planos, quais são?
Tom Burke: Nós queremos fazer outro disco, experimentar coisas novas, talvez tocar com alguns DJs que são nossos amigos e fazer uma turnê pelos Estados Unidos em março.

(Fotos: I Hate Flash)

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01/02/2013

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