A jornalista FêCris Vasconcellos, encontrou o atual guitarrista do Guns N’ Roses, DJ Ashba, durante a sua passagem por São Paulo e descolou essa entrevista para a NOIZE. Confira:
Como rolou o convite pro Guns?
Eu recebi uma ligação da produção e eles me disseram que o Axl tava procurando um novo guitarrista e perguntaram se eu tinha interesse em fazer um show. Eu disse “lógico que sim”. Na verdade, eu larguei praticamente tudo o que eu tava fazendo naquele momento pra me dedicar a isso. E, assim que eu disse “sim”, recebi uma ligação da produção dizendo que o Axl tinha ligado e que ele, assim que soube que eu tava dentro, disse que também estaria dentro. Nós nos respeitamos muito.
É uma grande conquista, mas uma grande responsabilidade também, né…
É uma responsabilidade gigante porque os caras que vieram antes de mim são muito talentosos. Tenho um grande papel para desempenhar. O que Slash e os outros caras fizeram com a forma de tocar guitarra é incrÃvel. Eu sempre fui fã do Guns e do Slash e desejo o melhor pra ele e muito sucesso no que ele está fazendo agora. Tudo o que eu posso fazer é prometer dar tudo de mim para o GNR e tentar fazer com que as pessoas sintam essa energia no palco.
Você precisou mudar alguma coisa na sua forma de tocar guitarra pra entrar no Guns e conseguir tirar as músicas de forma que os fás considerem perfeita?
Na verdade não. O estilo do Axl é um estilo muito puxado pro bules e que é muito natural para mim. Nós temos estilos muito parecidos. Não foi muito difÃcil não.
E a sua atitude no palco? Já que o Slash é um cara super performático…
Tocar ao vivo sempre foi a minha paixão verdadeira. Pular, levar a multidão, sempre amei isso. Eu nunca vou esquecer como eu me sentia sendo aquele garoto na multidão, portanto, quanto mais eu puder fazer o público se sentir como eu me sentia e pensar que eles podem fazer o que eu estou fazendo, eu fico muito feliz.
E como é possÃvel escrever quando você está em turnê? Sempre dando entrevistas e cercado por gente…
Acredite ou não, eu passo muito tempo no meu quarto do hotel. Então, eu tenho muito tempo pra escrever e eu sento com a minha guitarra e escrevo muito.
E quanto ao Sixx.Am? Como tá indo?
Ótimo. O que as pessoas não entendem sobre o Sixx.AM é que não é pra ser uma banda, a gente não considera o Sixx.AM uma banda, mas sim, uma reunião de compositores e produtores musicais que se respeitam muito e se reúnem pra se divertir. Eu nunca quero que se torne uma banda porque daà viraria um trabalho e eu não quero isso.
Então vocês não pensam em sair em turnê?
Nós não somos exatamente uma banda de turnê. Como eu disse, se o GNR não tivesse em tour e a gente decidisse sair pra 2 meses de diversão na estrada, então nós o farÃamos, mas não somos uma banda que planeja essas coisas.
E esse show vip em SP? Você sabe por que vocês não o fizeram?
Eu não sei. Eu sei que a gente ia fazer isso pra se divertir, mas acabou não rolando. Nós estamos muito concentrados para o show de hoje à noite , porque tem milhares de pessoas nos esperando, só pra nos ver.
Você leva a música muito a sério, né?
Sim, muito. Eu amo os fãs e eu nunca vou esquecer como eu me senti assistindo a shows do Mötley Crue e do GNR, então eu prefiro dar tudo de mim pra fazer as pessoas se sentirem assim.