Icona fucking Pop

05/11/2014

The specified slider id does not exist.

Powered by WP Bannerize

Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos:

05/11/2014

Foto: Loren Wohl

A menos que você tenha aversão ao eletrônico, nas primeiras batidas do Icona Pop vai sentir uma vontade avassaladora de dançar e jogar a tristeza que resta pra bem longe. Nascidas nos anos 90 em famílias de músicos, as suecas Aino Jawo e Caroline Hjelt formam o duo, que bebeu muito do ritmo da dance e techno music. Quando se conheceram, foi o legítimo amor à primeira vista, instantaneamente traduzido em música.

*

Elas se viram no palco entre sintetizadores, drum machines, guitarras e vocais, e transformam seus shows em uma terapia de choque para corações partidos. Aino e Caroline não economizam uma gota de suor, fazendo sua música do jeito mais verdadeiro e sem escrúpulos possível. Elas estão chegando ao Brasil pela primeira vez agora em novembro e você terá a chance de assistir à catarse do Icona Pop ao vivo. A dupla se apresenta primeiro no dia 26 no Cine Joia (São Paulo), depois toca no Auditório Araújo Vianna (Porto Alegre) e no dia 27 elas sobem no palco do Popload Festival (São Paulo) no dia 28.

A conquista do grande público veio com o hit “I Love It”, que ganhou diversos remixes, entre eles um do Cobra Starship. Lançado em novembro de 2013, o segundo disco, This Is… Icona Pop, reúne faixas do álbum homônimo de estreia e outras inéditas. Mas isso é apenas o começo do Icona Pop. Como nos contou Aino Jawo em entrevista exclusiva, o próximo disco promete ser bem pesado.

Que lugar a música ocupa no coração do Icona Pop?

A música é a coisa mais importante pra gente. Pra mim e pra Caroline, a música é tudo o que nós conhecemos e tudo o que nós amamos. A música é como se fosse a nossa voz. Sabe quando você passa por maus bocados na vida e a música te ajuda? Acho que muitas pessoas se relacionam com a nossa música desse jeito, por isso é importante que ela seja verdadeira. A música é o que amamos e eu acho que as pessoas conseguem ouvir isso e isso é o que é importante pra gente.

Como a música consegue ser um meio tão poderoso de nos deixar felizes?

Eu acho que a música é a nossa língua universal, sabe? Mesmo que você não entenda a letra, você vai entender a melodia. E nada consegue nos mover mais do que uma melodia. Acho que a música é a arma mais poderosa de todas. Ela pode te deixar triste e pode te deixar feliz.

Vocês trazem um pouco de tristeza nas músicas, já que toda alegria nasce de uma infelicidade. Estou certa ou não há espaço para a tristeza no Icona Pop?

Nós nos juntamos, praticamente, há um ano atrás, quando eu estava de coração partido. Eu diria que muitas das letras do Icona Pop são bem tristes, mas nós gostamos de tocá-las de um jeito um pouco mais alegre. Você passa por muitas experiências em sua vida, às vezes está mais feliz, às vezes mais triste, e você escreve sobre isso. Definitivamente, a gente gosta de músicas agridoces.

Nos álbuns, sua música é bem pop, mas no palco ela ganha um peso extra. O que acontece nos shows?

[Ri docemente] Nós somos uma banda pop, mas nós gostamos de levar nossa música ao limite. Especialmente quando fazemos shows, porque as coisas ficam mais malucas, então se torna mais único quando você faz ao vivo. Agora nós estamos nos dedicando ao nosso próximo disco e estamos elevando tudo para outro nível, tentando deixar as coisas ainda mais malucas. Acho que você precisa fazer algo que seja interessante para você também. Nós nos apresentamos, praticamente, todos os dias, e nos divertimos pulando e dançando. Acho que as coisas ficam punk porque a plateia consegue sentir essa vibração que vem do palco.

Desde que vocês lançaram This is… Icona Pop, o Icona Pop já viajou em turnê com nomes como Miley Cyrus e Katy Perry. Vocês acabaram sendo influenciadas por essas mulheres?

Foi demais ter participado de duas das maiores turnês desse ano. Tanto Katy quanto Miley são pessoas incríveis. Do palco ao bascktage, eu acho que tem muito girl power envolvido nisso tudo e isso nos deu muita inspiração.

Seus dois primeiros discos são muito similares. Há alguma novidade sonora para o próximo álbum?

Vamos elevar o nosso pop a outro nível. Será bem cru. Quando fazemos música, nós gostamos de levar às coisas ao limite, então será um disco bem pesado. Vamos finalizá-lo em janeiro.

Vocês vêm de um país que constantemente nos apresenta artistas diferenciados e bons. Como é a cena musical lá?

A maior cena na Suécia é da música indie e pop. Na Suécia, tem um indie no pop que o deixa mais atrevido e acaba sendo mais interessante. Quando ouço algo feito por um sueco, eu reconheço quase que instantaneamente por causa da melodia.

Como é ter uma base tão grande de fãs gays pelo mundo?

Nossos maiores fãs são os gays e nós amamos isso. Eles estão sempre à frente da música e de todas as outras coisas. Então nós ficamos muito honradas que eles gostem da nossa música, porque eles são fãs maravilhosos!

Tags:, , , , , ,

05/11/2014

Revista NOIZE

Revista NOIZE