_por Bru Valentini
_foto por: Jair Magri
O Cultura Livre começou há três anos como um programa da Rádio Cultura Brasil, e rapidamente se transformou em palco da tão falada nova música brasileira. Ou seja, virou sucesso, tanto que migrou também para a TV: em 2011, a apresentadora Roberta Martinelli passou a se aventurar nas telinhas da TV Cultura.
Um pouco antes da estreia da segunda temporada*, a gente bateu um papo com a Roberta.
Descobrimos o que de melhor tá vindo por aí, ouvimos histórias sobre micos radiofônicos e entrevistas de tremer o corpo.
Bora?
NOIZE: Com a nova temporada do Cultura Livre vindo por aí, quais as novidades que você pode nos adiantar?
Roberta Martinelli: Temos um estúdio maior (com tapete vermelho e luzinha -hehehe), matérias gravadas fora do estúdio e tem também quadros: “O que toca na vitrola”e “A capella”. Serão duas bandas por programa no estúdio (gravadas em dias distintos), mais uma faixa bônus de uma outra banda.
NOIZE: Sobre as matérias externas. É você quem vai sair “pra rua”?
Roberta: Sim!!! Estou saindo junto com uma equipe para explorar novos mundos musicais que não chegariam ao meu estúdio no charmoso radinho de pilha.
NOIZE: Você está no estúdio sempre rodeada de novos sons, novas bandas. Do pessoal que já passou pelo Cultura Livre, em quem você apostaria mais fichas?
Roberta: Ai que situação!!! Vale resposta de miss? Acho que muitos dos que já passaram pelo programa!
NOIZE: Na nossa revista temos uma sessão “Bandas que você não conhece, mas deveria”. Dá alguma dica pra gente?
Roberta: Um nome super novo que esteve por aqui é a Kika, que está lançando o primeiro disco com produção de Victor Rice e Décio 7 (ela acabou de sair daqui e foi delícia).
NOIZE: Qual foi a entrevista mais difícil de conduzir – daquelas de ficar tremendo a perna?
Roberta: Tiveram algumas. As primeiras me faziam tremer e muito! Lucas Santtana sempre brinca comigo que na primeira vez que eu gravei com ele minha mão tremia. Mas acho que das mais recentes, as que me deixaram mais tensas foram: Arthur Verocai e Marcelo Camelo.
NOIZE: Em programa ao vivo tudo pode acontecer: qual a maior gafe no rádio?
Roberta: hahahahahah já foram tantas! Mas eu gosto muito desta parte! Não ligo, não! Acho que deixa tudo mais vivo. Já esqueci de colocar vinheta, já desanunciei duas músicas tendo tocado só uma, já anunciei uma música e ela estava nomeada errada, tocou outra!
NOIZE: E na TV, alguma história cômica que ficou de fora da edição do programa?
Roberta: Tem uma que ficou dentro! Tem Andre Abujamra me fazendo falar as onomatopéias de uma música dele e eu péssima fazendo as piores do mundo! Teve uma vez que a Tiê esqueceu a letra e eu cantei desafinada (mas essa não entrou e eu ainda acho que ela fez de propósito).
NOIZE: Aliás, fundir rádio com TV é um sonho antigo, ou você não se imaginava aparecendo nas telinhas?
Roberta: O Cultura Livre crescer assim não era um sonho, mas é uma alegria imensa. Cada conquista é um suspiro e uma lembrança daquele início com as pessoas queridas que estavam comigo ali. Às vezes percebo e me lembro daqueles meses de criação em julho de 2009 (muito feliz) .
NOIZE: Tem algum mus@ inspirador? Gostaria de ser alguém?
Roberta: Gostaria de poder ser eu mesma sempre. É muito difícil trabalhar com comunicação e poder fazer o que acredita! Este é o meu maior desejo! Fazer só o que eu acredito. E até hoje tá rolando….
Mas tive musas e musos sim. Os maiores? Patricia Palumbo e Fernando Faro (que foi até o estúdio dar a benção, e benção maior não há).
NOIZE: O novo termo – que já é velho – “a nova música brasileira” tem sabor de quê?
Roberta: Tem sabor de hoje!
NOIZE: Rock tem que cor?
Roberta: Todo estilo tem todas as cores .
NOIZE: Samba tem cheiro de quê?
Roberta: Samba tem cheiro de som.
NOIZE: Música é….
Roberta: Música é!!!!!!!!!!
* A estreia da segunda temporada do Cultura Livre é neste sábado, 11, às 18h, na TV Cultura. Roberta vai receber nos estúdios o cantor e compositor paulista Tatá Aeroplano e a banda carioca Mahmundi.