Entrevista de quinta | Tony Aiex fala sobre Foo Fighters e a biografia de Dave Grohl

08/03/2012

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

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08/03/2012

_por Marília Pozzobom

Na segunda-feira passada te falamos aqui que nessa semana a versão brasileiríssima da biografia de Dave Grohl chegaria às prateleiras. Ta ok, não exatamente nas prateleiras, mas já dá pra encomendar a obra na Livraria Saraiva.

*

O livro, escrito por Michael Heatley – que já biografou nomes como Bon Jovi e John Lennon -, ganhou tradução do Tony Aiex, do blog Tenho Mais Discos que Amigos.

E assim que a notícia chegou aqui na redação, os sorrisos foram instantâneos. O Tony, que é um amigo de longa data da NOIZE, é também um dos maiores fãs de Foo Fighters que a gente conhece – e olha que a nossa redação tem até uma fotinho do cara para a reza de cada fechamento.

Por isso, nesse feeling de falar de fã feliz para fã mais feliz ainda, trocamos uma ideia com o cara para ir atrás dessa história direito.

Chega aqui.

NOIZE: Falando de fã pra fã: qual foi a sensação de saber que seu nome foi escolhido pra traduzir a biografia do Dave? Como surgiu esse convite?
Tony Aiex:O pessoal da Edições Ideal é parceiro praticamente desde o começo do TMDQA! com a Idealshop e seus outros projetos. O livro foi uma ideia que veio surgindo de conversas minhas com eles, envolvendo minha paixão por Foo Fighters, o fato de 2011 ter sido o ano da banda e o ótimo momento que vive Dave Grohl. Sabíamos dessa biografia que é excelente, já passou por dezenas de revisões, sendo a última delas do final de 2011, e abraçamos o projeto juntos.

N:Você lembra qual foi o primeiro disco dos Foos que tu comprou? Pra você, qual é o melhor?
TA:O primeiro que eu consegui comprar com meu dinheiro foi o One By One, curiosamente em uma loja Saraiva (onde acontecerá a pré-venda do livro) em Curitiba. Ao longo do tempo eu fui comprando todo o resto do catálogo deles e recentemente comprei-os todos em discos de vinil.
Eu sempre achei o The Colour And The Shape o melhor de todos, mas ultimamente, muito por causa de informações da biografia, tenho ouvido muito o primeiro, homônimo, que é genial e foi gravado apenas por Grohl. O There Is Nothing Left To Lose tem alguns dos melhores hits e umas das melhores músicas “subestimadas” da banda, como “Ain’t It The Life”, “Headwires” e “Stacked Actors”, então eu ficaria com um empate técnico entre os três.

N: Lembra de quando ouviu eles pela primeira vez?
TA: Acho que foi similar à primeira vez de muita gente com Grohl (hehe), o excelente clipe de “Everlong”, que pra quem não sabe foi dirigido por Michel Gondry, o diretor de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças. Aprendi com a videografia de Grohl, presente no livro!

N: Que música do Foo Fighters anima uma manhã de mau-humor?
TA: Todas? Tá, vou sair do muro: “Monkey Wrench”.

N: Em uma entrevista pra uma revista gringa, o Dave falou que a melhor música pra “levar uma mina pra cama” é “Walking After You”. Você Concorda?
TA: O Davão tem uma série de músicas que se encaixam nessa categoria, principalmente as versões acústicas do disco “Skin And Bones”. Nunca usei esse expediente, mas fica a dica para os amigos tentarem!

N: O livro contém vários curiosidades do cara. Desde como ele perdeu a virgindade até detalhes do seu casamento. Tinha alguma informação ali que você não sabia e te chocou?
TA: Não uma só, mas várias. O livro é repleto de curiosidades e declarações do cara desde a época do Nirvana até os dias mais recentes que nem com o documentário Back And Forth eu tinha ficado sabendo. Tem informações novas pra quem é fã de Nirvana, de Foo Fighters, da cena hardcore dos anos 80/90, da fase nova da banda, das saídas de membros do grupo, dos projetos paralelos. Enfim, traduzir o livro foi trabalhoso e divertido ao mesmo tempo porque eu aprendi muita coisa sobre Grohl e as dezenas de projetos em que ele trabalhou.

Você sabia que o Them Crooked Vultures começou numa festa de aniversário de Grohl no famoso restaurante Medieval Times quando ele colocou Josh Homme pra sentar ao lado de John Paul Jones? Poisé!

N: Como seria um mundo sem Dave Grohl?
TA: Um lugar sem a bateria explosiva de “Smells Like Teen Spirit” e sem quase 20 anos de excelentes discos do Foo Fighters. Ou seja, horrível.

N: Qual projeto paralelo de Dave é o seu favorito?
Them Crooked Vultures. Mas o Probot também é foda.

N: Você tem alguma frase do livro pra deixar um gostinho pra gente?
TA: Então, o Dave foi muito elogiado por alguns e muito criticado por outros, devido ao seu discurso no Grammy, onde disse que a música deve ser feita com o lado humano. Dá pra ver que isso já é preocupação antiga do cara, conforme o trecho abaixo do livro:

“Por exemplo, o Pro Tools e a edição digital quase destruíram as coisas que eu amo nos bateristas dos anos 60 e 70. Os bateristas lendários – seja Buddy Rich, Gene Krupa, John Bonham ou Keith Moon – eram famosos por terem seu próprio feeling, o que significava que não eram perfeitos metrônomos. Era legal ouvir a preguiça de John Bonham ou a agressividade desleixada de Keith Moon – ou até seus preenchimentos bêbados. Aquilo soava legal… Tempo perfeitamente medido tira muito do sentimento de uma música.”

@pozzobom é Editora Web da NOIZE

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08/03/2012

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