Entrevista | Rubel, Catavento e o que você pode esperar do MECAMaquiné

01/11/2018

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Brenda Vidal

Por: Brenda Vidal

Fotos: Rodolfo Cemin/Divulgação

01/11/2018

Quem tava com saudade do MECAMaquiné já data pra matar a saudade! Neste sábado, 3, rola a edição 2018 em solo gaúcho- que vem muito bem acompanhada com um line up de peso: Warpaint, Silva, Rubel, Teto Preto, Supervão, Trabalhos Espaciais Manuais e o duo de DJ’s Selvagem. Se você ainda não garantiu o seu ingresso, não perde tempo e fica por dentro do evento.

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Se você ainda não está convencido ou se já confirmou a presença e quer acalmar um pouco a sua ansiedade, a gente adianta um pouquinho do que você aguarda você neste final de semana. Confira a conversa que tivemos com Rubel e a Catavento sobre os preparativos para o MECAMaquiné:

O que vocês estão preparando de especial para a apresentação no MECAMaquiné?

Rubel: O show do disco Casas, mais algumas músicas do álbum Pearl e ao menos um cover especial.
Léo Sandi [Catavento]: Pro show do Meca vai rolar um repertório com todas faixas de Ansiedade na Cidade, que tem sido a forma que a gente mais tem se identificado pra mostrar esse terceiro disco. Muita galera da nossa cidade, amigos e conhecidos, vão estar por lá, então o clima vai tá muito gostoso pra se conectar com geral. A energia pra esse show vai ser diferente também porque tá rolando essa coisa densa no ar devido aos últimos meses e o cenário político atual do país, essa tensão e incerteza que todo mundo tá sentido – de uma forma ou de outra. Então isso tá mexendo com a gente e nos dando ainda mais força pra esse momento. Nos faz pensar que é muito mais que por nós, nos faz entender que vai além de mostrar seu som e tentar ascender pessoalmente e como banda. A gente quer levar tudo isso pro Meca e passar a mensagem que ninguém tá sozinho. Que o amor pode vencer o ódio e que a união é mais importante do que nunca.

O que muda na hora de pensar o setlist para um show da turnê e um show para um festival?

Rubel: A primeira diferença é o tempo. O show de festival tem que ser mais curto, direto e conciso. O ideal pra mim é que não tenha nenhum tempo morto, que todas as musicas façam alguma diferença. E a segunda diferença é a pegada. O show de festival como costuma ser em um espaço aberto, para mais pessoas, pede mais pressão, mais energia.

Léo Sandi [Catavento]: O tempo acaba sendo bem importante na hora de montar um show. A gente tá praticamente só trabalhando com Ansiedade na Cidade mas dá uma vontade de tocar um que outro som antigo e também de partir pra alguns improvisos e transições. Mas como o tempo em festivais costuma ser bem apertado pra caber todas bandas, a gente tem que optar por tocar menos sons e achar uma forma de mostrar diversos lados da banda em um mesmo momento. Aí quando é festival meio que a gente acaba optando por tocar os sons escolhidos de maneira mais corrida mesmo. Quando é um show da tour que você tá tocando com só mais uma banda ou é o show ”principal” aí a gente costuma ficar um pouco mais livre pra mexer no set e tudo mais. Mesmo que ultimamente a gente tenha tocado Ansiedade na Cidade quase sempre inteiro e praticamente na ordem, com algumas mudanças que a gente achou que faziam mais sentido ao vivo, já que trocamos bastante de instrumento e isso pode travar um pouco o show se não for feito de uma maneira bem pensada. Mas sempre dá uma dorzinha de deixar alguns sons de fora, a gente sempre quer tocar ao menos o disco todo [risos].

Rubel, Casas é um disco super íntimo e até biográfico. Como está sendo pensar num formato do show que se encaixe nessa proposta? Como é tocar Casas para o público e como essa troca impacta você?

Apesar de Casas ser um disco íntimo e biográfico nas letras, os arranjos de estúdio já foram pensados desde o início para fazerem sentido em um contexto de festival, para um publico maior e que muitas vezes não conhece o trabalho anteriormente. Muito por isso, o disco é calcado em beats, metais, e elementos que tragam esse impacto e que chamem o público ao vivo. A vida do disco na estrada tem sido muito linda. Já fizemos esse show em mais de 30 cidades desde março desse ano e o público vem sendo muito acolhedor. Seja cantando, dançando, ou se conectando com olhos atentos e o coração aberto. Quase sempre. Me dá a sensação de que realmente fiz o disco que eu queria fazer.

Léo, faz uns três meses que Ansiedade na Cidade saiu! Como tá sendo a recepção? E o que vocês tão sentindo até agora sobre os shows que já rolaram desse disco?

Acho que esse disco foi um passo a mais pra nós no sentido de se conectar ainda mais com quem já curtia o som e também conseguir chegar em pessoas que não conheciam a banda. Rolou tocar em lugares que já queríamos tocar há tempo, como é o exemplo do CCSP em São Paulo e também nosso primeiro show na cidade do Rio de Janeiro, que ainda não havíamos visitado com os dois primeiros discos. Também rolou de tocar com bandas que admiramos como Of Montreal e agora no Meca Maquiné tem Warpaint também, o que é maravilhoso. Em algumas conversas que rolam depois do show – conhecendo a galera, tomando uma cerveja e tal – rola de a galera falar que nosso som e show estão diferentes mas que a gente permanece com a essência e a originalidade que a banda já tinha antes, mesmo explorando outros caminhos e adicionando mais elementos nas nossas composições que, de alguma forma, sempre foram uma mistura de diversos elementos e fases da música. Isso nos deixa bem felizes pra seguir acreditando na nossa arte e levar ela pra mais pessoas. Quanto mais você faz shows, mais você fica entrosado com a galera da banda e confortável pra trocar uma ideia com o público e conseguir explorar essa troca de energia toda que rola. Além disso, esse disco abriu horizontes pra nós mesmos, acho que conseguimos visualizar novos caminhos e passar por um processo de renovação muito saudável. Até o final de 2018 ainda tem muita coisa pra rolar… turnê, festivais, videoclipes… importante estar em movimento nesse momento pós-lançamento. Somos muito gratos por esse momento.


Se liga na programação do MECAMaquiné:

15h00 – Abertura da Fazenda Pontal
16h00 – Supervão
16h50 – Tagua Tagua
17h40 – Catavento
18h30 – Alpargatos
19h20 – Trabalhos Espaciais Manuais
20h10 – Cuscobayo
21h00 – Rubel
23h00 – Silva
*02h00 – Warpaint
*04h00 – Teto Preto
*05h00 -Selvagem

*Horários considerando a mudança para o horário de verão.

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01/11/2018

Brenda Vidal

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