Este texto não é uma resenha do show do Franz Ferdinand no Recife. É melhor | Tathianna Nunes

03/04/2013

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

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03/04/2013

_por Tathianna Nunes

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Na segunda vez que os escoceses do Franz Ferdinand visitaram o Brasil, no extinto Motomix, o seu guitarrista Nick McCarthy ficou hospedado na casa do meu ex-namorado, em São Paulo. Acredito que tenha sido em 2005, mas isso não vem ao caso. Nos conhecemos, nos tornamos brothers de e-mail por um mês e ficou nisso. Até que o Franz veio tocar na minha cidade, Recife. Super, não é? Bem, já estava com convites na mão e nem esperava vê-los, até que recebo um e-mail do Nick pedindo para que eu apresentasse a cidade para eles. E fiz isso! Foi na semana santa, que pra mim foi uma santa semana. Dá para entender a diferença?

Ok. Ele chegou, mandou mensagens. Nos encontramos apenas no dia do show (nossos cochilos não coincidiram). Encontrei o resto da trupe deles antes de vê-lo. Mas, na quinta pela manhã fui buscá-lo para um passeio. Fomos no parque das esculturas de Brennand, que fica no Recife Antigo. A impressão dele era que os objetos fálicos pareciam mais chamativos do que a natureza. E que o barquinho para atravessar o mar parecia uma aventura de He-Man.

De volta a terra firme, escutamos uns gritos. E não era de ninguém vendendo pamonha ou cocada. Era Alex Kapranos. Fomos para Olinda. Protetor solar na bolsa e não é que eles se encantaram pelo lugar? Acharam a cidade bonita. Comeram tapioca de cartola (com queijo de coalho, canela e mel de engenho), encararam a cocada (mas estava correndo atrás de um lixo porque foi demais para eles) até encontrar uma dupla de repentistas.

Os versos eles não entendiam, mas admiraram as rimas e sabiam que estavam tirando a maior onda daqueles branquelos – “eles tem a mala cheia de dinheiro e vão me deixar ricos como banqueiros”. Só me lembro dessa… De lá fomos para o melhor restaurante do Recife, o Mingus. Alex é chef e adorou experimentar quitutes que só o restautante de Nicola Sultanum sabe fazer. Nos despedimos. Hora de dormir e de se recuperar para o show.

A noite começou com a Sweet Fanny Adams, que é uma banda de Recife. Mesmo com o baterista trocado por uma bateria eletrônica e programações, acho que eles fizeram o melhor show que presenciei. E no meio do show da SFA, recebo uma mensagem do Nick. Fui dar um abraço e boa sorte.

O show do Franz Ferdinand foi lindo. Nem vale a pena falar porque tem milhões de resenhas pela net. Mas, vale contar que após o show fomos para o Gentleman Loser Pub. A trupe do Franz e também foi. Conversa vai, conversa vem, fichas e mais fichas na jukebox e amanhece o dia. Poderia parar por aí, não? Mas, do lado da praia, nada como megulhar no mar quente de Boa Viagem e lutar com tubarões. Foi uma delícia. E foi ótimo lembrar e saber que de alguma forma deixamos lembranças na vida das pessoas.

@tathiannanunes é produtora cultural, professora, jornalista e, por algum caso do acaso bem marcado em cartas de tarô, é Santa Cruz.

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03/04/2013

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