Exclusivo | Jazz de quebrada: Kiai e Zudizilla lançam “JazzKilla”, disco colaborativo

22/02/2019

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Brenda Vidal

Por: Brenda Vidal

Fotos: Divulgação/ Dani Ortiz

22/02/2019

O swing do jazz e a levada dos beats lado a lado. Versos urgentes e ágeis que se confundem nas candências entrelaçadas pelo flow de teclados, baixo e bateria. Tudo isso com a marca “Made In Quebrada”. Se é isso que você tá buscando – ou melhor, se você nem esperava por isso mas quer uma ótima surpresa -, o JazzKilla, disco colaborativo entre o rapper Zudizilla e o Kiai Grupo (formado por Marcelo Vaz, Dionísio Souza e Lucas Fê), é pra você. Para receber esse lançamento exclusivo para a NOIZE, batemos um papo com o Zudizilla sobre os bastidores do registro, realizado pela Escápula Records e gravado no A Vapor Estúdio em apenas um final de semana.

Não precisa ir muito além pra fazer a coisa certa: solta o player logo abaixo, deixe-se embalar por essa mistura e confira a conversa:

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O álbum nasce da parceria prévia entre vocês, que já faziam essa mesma mistura ao vivo. O que mudou na dinâmica do palco para o estúdio?
A galera conseguiu repaginar algumas músicas que já existiam de uma forma que elas não perdessem suas características originais, presentes nos projetos LUZ (2013) e Faça a coisa certa (2016). Assim, chegamos a um resultado que combina muito perfeitamente as características da Kiai e eu, tornando o trampo um pouco diferente do ao vivo. Ainda é o mesmo show que apresentamos, jazztrio é um vocal mas ele tem um quê todo especial devido a esse cuidado que tivemos e às ideias que foram surgindo enquanto nos divertíamos no estúdio.

Como foi processo de gravação? Quais caminhos vocês percorreram nessa costura entre jazz e rap?
O processo veio depois de uma série de shows. Após o último deles, recebemos o convite da Escápula [selo independente] pra registrar esse projeto em uma live de estúdio onde teríamos um dia inteiro pra repassar esse show algumas vezes e selecionar a melhor delas. Dentro desse processo fomos de encontro a referências do Jazzrap que já executam ou executaram esse mesmo trampo até chegar nos atuais álbuns que lancei pra que, dessa forma, a Kiai conseguisse incluir suas próprias ideias e aplicasse em cada faixa o que lhes melhor ocorresse dentro desse processo que mescla improviso, técnicas, arte, risadas e a ansiedade de ouvir esse disco- porque nunca havíamos nos escutado antes. O registro que temos é o do “Concertos Íntimos Del Sur” que tá disponível no YouTube, mas de lá pra cá muito se alterou no trabalho a medida que nos conhecemos mais e mais.

Que impacto esse lançamento tem para você?
Ano passado, tirando algumas participações como o trabalho com a Luedji Luna, eu não lancei muita coisa; neste ano, mal comecei e já tenho o JazzKilla em mãos pronto pra sair e o Zulu vol.1, um álbum que venho trabalhando em silêncio com o auxílio do DJ Nyack, que creio eu que vá sair em abril. Essa live com a Kiai é algo muito importante pra mim, vou vivenciar muita coisa quando ela estiver na rua.

Vocês vão entrar em turnê com o disco?
A ideia é circular com esse show em espaços onde essa estética seja aceita e em outros que precisam experimentar essa possibilidade de som. Já estamos prospectando algumas datas mais pro final do ano e também vamos tentar entrar em circuitos de festivais e, obviamente, expandir o alcance da poética sonora e literária do trabalho que está sendo desenvolvido aqui também. Eu e Kiai Grupo estamos prontos pra levar esse projeto o mais adiante possível.

Zudizilla + Kiai Grupo – JazzKilla (2019)

01. Faça a Coisa Certa
02. O Dia Mais Quente do Ano
03. Nuvens
04. Mão Direita / Amor
05. Hidra

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22/02/2019

Brenda Vidal

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