Faixa a Faixa | Karol Conka

23/06/2013

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

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23/06/2013

“Batuk Freak”, o primeiro disco da cantora de hip hop e R&B Karol Conka, foi lançado em meados de abril, exclusivamente pela internet. Com a produção do rapper Nave e a as participações especiais de Rincon Sapiência e Tuty, a estreia da curitibana vem chamando a atenção por onde passa. Não é por acaso que uma edição física do material está prevista para sair em agosto e um show de lançamento programado para julho, no SESC Pompeia, em São Paulo.

E foi justamente para falar sobre o disco que convidamos Karol e o produtor Nave para esse faixa a faixa.

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“Corre, Corre Erê”: A inspiração veio da imagem de um campinho de futebol com moleques jogando bola. Todos nós temos uma criança interna cheia de esperança e vontade de correr pelo mundo. O mundo é de todos nós. É de quem deixar o erê correr.

“Gueto ao Luxo”: Nessa música eu quis quebrar o mito das limitações mostrando que é possível transitar em mundos diferentes. Batidas de tambor pra cravar a cultura afro em rimas inspiradas no meu dia a dia, mostrando a real essência da minha personalidade!

“Vô Lá”: Temos o dever de pegar o que é nosso e o direito de consumir o que queremos. Muitas vezes temos ambição, mas não temos coragem de ir “lá” tentar uma recompensa. A vida é feita de caminhos intermináveis, por isso devemos só ir. Uns nascem pra trabalhar, já dizia a dupla de repente Beija-Flor e Treme Terra, presente no sampler que ajuda a compor a música junto com a batida grave acompanhada de pandeiros.

“Gandaia”: A ideia era ter um hino para momentos de balada com as minhas amigas. A flauta nordestina dá um ar sapeca à canção que conta o que rola numa noite de gandaia.

“Você Não Vai”: Eu mostro um lado sarcástico e ao mesmo tempo desafiador nessa letra carregada de flows e melodias mais densas. O fato de um dia ter sido muito subestimada me inspirou a escrever o que eu sentia no momento.

“Bate a Poeira”: Nesse som eu falo sobre tolerância de um modo geral, na religião, sexo, raça e padrões de beleza. Bate a poeira é um termo usado pra dizer “joga fora” ou “se liberta”.

“Sandália”: Vivemos numa sociedade onde as limitações são gritantes e absurdas. Há um ciclo vicioso de proibições e julgamentos que nos leva à revolta diariamente. Com isso, eu quis falar de liberdade num todo. Sair, andar por aí em busca de coisas boas e agradáveis.

“Mundo Louco”: Eu sempre ouvi de amigos, professores, familiares e desconhecidos que eu não era desse mundo. Então resolvi mergulhar na minha fábula e transcrever aquela sensação boa. É uma música convidativa pra dançar e sentir a natureza.

“Que Delícia”: Umas das coisas mais gostosas da vida é a carícia, a companhia, um chamego e esse som fala disso. Do quanto é gostoso flertar, provocar, maliciar e se entregar pra uma pessoa.

“Olhe-se”: Com a voz de Sombra (SNJ) sampleada no refrão, esse rap traz uma metáfora sobre se olhar no espelho. Olhar pra si mesmo e enxergar o que realmente é.

“Boa Noite”: É uma apresentação de quem sou eu, de onde vim e pra onde quero ir. Batidas fortes pra emocionar e ouvir alto.

“Caxambu”: Regravar “Caxambu” pra mim foi um prazer enorme, já que essa foi a canção que mais ouvi quando era criança nas tardes de final de semana. Fui criada no meio de batucadas onde a família se reunia numa roda de samba pra cantar e bater na palma da mão.

(Foto: Luiz Costa)

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23/06/2013

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