Hatchets ansioso para o Planeta Terra

24/10/2013

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

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24/10/2013

Em atividade desde 2009, o Hatchets é, provavelmente, a banda do Planeta Terra mais ansiosa para o festival, que vai rolar no dia 9 de novembro, em São Paulo. Com influências das guitarras do indie rock e dos beats da disco music dos anos 70 e 80, o grupo fará o maior show da sua carreira. Sem deixar de se divertir em cima do palco, Vinícius Militão, o baterista do grupo, nos revelou que o Hatchets não vai apenas se concentrar em executar as músicas de “East Sounds”, o seu primeiro EP, ao vivo. Alguma coisa nova será apresentada em primeira mão também. “Não tem como parar de criar, ainda mais com tanta informação e tanta coisa rolando”, adiantou.

Uma das músicas de vocês, chamada “My Posh Slum, foi escolhida pelo coletivo humorístico Porta dos Fundos para a trilha sonora de uma campanha publicitária. A exposição proporcionou alguma coisa positiva para a banda?

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O lance do Porta dos Fundos nos deu uma exposição absurda, e de uma galera que estava lá pra ver o vídeo deles, mas que parou pra prestar atenção em que banda era aquela da trilha sonora. “Mas são brasileiros”, “por que eu não conheci antes?”. Foi bem legal acompanhar os comentários no Youtube. Os views do clipe de “Posh” estão crescendo até agora. O mais louco foi que esperávamos que os caras fossem escolher uma música mais nova, então quando rolou essa, meio que deu uma renovad, meio que “nasceu de novo”. Temos o maior orgulho disso.

No final de julho, vocês lançaram o clipe de “Plain & Simple (Everytime)”. Nesse curto espaço de tempo, o vídeo já ultrapassou a marca de 5 mil views. Como foi para gravá-lo? Como surgiu a ideia da história da menina apaixonada por moda?

Devemos todos os créditos a owl filmes. Eles fizeram um clipe com produção e estrutura praticamente de um curta metragem. Foi o nosso primeiro vídeo sem a nossa participação, com outras pessoas a frente da história. A ideia da paixão da menina pelo manequim é o start para tudo que rola no resto do clipe. A direção foi feliz no enredo e a gente abraçou.

Vocês foram escalados para tocar no Planeta Terra 2013. Como está a expectativa para o show?

Cara, a cada dia que passa a gente fica mais a fim de chegar logo. É legal ver uma galera, conhecida ou não, chegando e dizendo, “Pô, vou lá ver vocês”, “vou chegar cedo pra cantar todas as músicas”. Faremos algumas surpresas sim, na real muita gente vai ver pela primeira vez, o que não vai deixar de ser uma novidade pra todo mundo.

“Too Cold to Be Mine”, um dos singles mais expressivos de vocês, foi masterizado no Abbey Road. O trabalho feito no lendário estúdio inglês deu à sonoridade do Hatchets algum aspecto diferente?

Só o fato da música ter sido mixada lá, já a fez voltar com algo diferente. Sei lá, tudo o que envolve esse nome tem esse lance de lenda que você falou. Mas o que rolou foi que sentimos o quanto de potencial a música ganhou. Já gostávamos dela antes, mas conseguimos identificar alguns detalhes e cuidados que ela não tinha. Esse tratamento vai ficar pra sempre na história da banda. Abbey Road né cara? Beatles!

Já faz algum tempo que saiu o primeiro álbum de vocês. Como a banda continuou evoluindo de uma maneira bem visível após o lançamento, o que de “East Sounds” continua ainda intacto na sonoridade do grupo?

A diferença que sentimos do nosso primeiro EP até hoje é bem notória. Quanto mais experiência, show, viagem, roubada que você vive, mais pró você fica, crescendo tanto como músico quanto pessoa. O “East Sounds” é em sua maioria a base para o show de hoje, mas estamos experimentando novas formas de compor, com novos instrumentos, mais gente colaborando. Ainda sim somos nós, ainda são “sons da leste”.

O Hatchets se tornou conhecido pela mistura de indie, música eletrônica e rock.

De certa forma, nosso universo gira em torno de todos estes estilos. Escutamos um disco de rock no carro, quando estamos a caminho de um live de algum DJ, então rola muito essa confusão de estilos. Um lance que talvez caracterize nosso som é que muitas das nossas influências vem de DJs e produtores, o que nos faz reproduzir um som inspirado neles, só que tocado por uma banda, com instrumentos reais. Personalidade musical também se define se o cara toca o que realmente gosta ou não, e o Hatchets realmente toca o que ama tocar, se não acaba virando uma banda fake, entende?

Por falar nisso, vocês anunciaram recentemente que estão trabalhando em duas músicas. O que podemos esperar do Hatchets? Pode vir um single ou EP novo até mesmo antes do Planeta Terra?

A gente tem um lema que “a festa nunca termina”, sabe? Isso também se estende para as coisas novas que produzimos. Não tem como parar de criar, ainda mais com tanta informação e tanta coisa rolando. Como estamos no turbilhão dos dias pré Planeta Terra, focamos em duas músicas novas que vínhamos trabalhando uns meses atrás. Ainda não fechamos se as tocaremos ou não, mas aos poucos esse show vem sendo construído. A certeza é nós lançaremos uma dessas músicas antes do festival. Vai rolar um remix de alguém da gringa também.

Para encerrar, o Hatchets recebeu o título de “a banda das pool parties”. O que isso significa?

Nós fazemos uma festa num hostel, aqui de São Paulo, mais ou menos de uns seis em seis meses. A gente chama essa festa de “My Posh Pool Party”, pela piscina que tem no local. Primeiramente, era um rolê para arrecadar uma grana, mas o lance foi tomando uma proporção meio grande, aí muita gente começou a frequentar e chamar mais gente. Não nos incomodamos nem um pouco com o rótulo, mas todo mundo cobra sobre quando rola a próxima. Eu mesmo estou louco para que role mais uma.

(Foto: Carol Ribeiro)

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24/10/2013

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