Livro sobre o produtor Manoel Barenbein apresenta os bastidores da tropicália

28/09/2022

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Revista NOIZE

Por: Revista NOIZE

Fotos: Divulgação

28/09/2022

Manoel Barenbein, 80, é responsável por alguns dos discos mais importantes da história da música brasileira e conta essa história no livro “Tropicália – Manoel Barenbein e os álbuns de um movimento revolucionário”, a ser lançada pelo selo Garota Books FM, do jornalista e pesquisador Renato Vieira. O mesmo criador é igualmente responsável pelo podcast “O Produtor da Tropicália“, que divulgou, de junho a setembro de 2021, dez histórias esmiuçadas sobre a produção de discos de artistas como Gal Costa, Maria Bethânia, Jorge Ben Jor, Caetano Veloso, Os Mutantes, Gilberto Gil e outros.

A obra conta com prefácio de Gil e 17 capítulos, apresentando curiosidades e histórias inéditas reveladas, e atualmente está no final da campanha de financiamento coletivo. A meta financeira, de 45 mil reais, deve ser atingida até o fim de sábado (1), para o livro ser lançado ainda neste ano. Para apoiar e garantir a obra pelo valor de R$ 68,00, é só acessar catarse.me/tropicalia e escolher a forma de retribuição que você mais deseja.

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(Foto: Divulgação)

Além de ter descoberto Chico Buarque, mesmo que não goste de afirmar isso, e produzido, Ronnie Von, Jair RodriguesNara Leão, o ponta-grossense trabalhou em tempos de produção árdua, com fitas cassetes e poucos recursos de edição: “Usamos muita coisa que não se usava. O melhor exemplo é ‘Panis Et Circensis’. A gente pôs uma radionovela dentro da gravação, uma sala de jantar, pratos batendo, talheres, todo mundo conversando. Essas coisas não eram usuais. Não lembro de nada parecido com isso, de você praticamente fazer uma radionovela dentro de um disco”, assume em entrevista cedida, em 2018, para a revista NOIZE #84, que acompanhou o disco de Gilberto Gil de 1968.

Citado na faixa “Pega a voga, cabeludo”, presente no mesmo álbum de Gil, Barenbein movimentou a cena da música brasileira, após Gil e Caetano contar para ele que desejavam fazer uso da guitarra elétrica nos arranjos: “Eu sonhava com buscar novos caminhos pra música popular brasileira. E eles simplesmente colocaram o prato com a comida pronta na minha frente. Então, me encontrei ali”, comentou o produtor.

+ Para ler a entrevista de Manoel Barenbein acesse o Issuu do Noize Record Club

Residindo atualmente em Israel, Barenbein se mudou, durante a ditadura militar, para a Itália, e em seguida retornou ao Brasil, mas só trabalhou com produção até os anos de 1980. O produtor fonográfico acredita que esteve na hora e no local certo: “Considero que minha virtude maior é que Deus me deu o dom de escolher as pessoas certas pra hora certa pro lugar certo. Você cria um grupo e dele é que emanam todas as coisas.”

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28/09/2022

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