Lucas Santtana e a festa no palco em Porto Alegre

26/08/2011

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Por: Revista NOIZE

Fotos:

26/08/2011

Texto: Fernando Correa | Fotos: Maria Joana Avellar |

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Final:
“Já que somos poucos, quem sabe vocês sobem aqui?”  Ao convite inusitado, todos atendem e o palco vira festa. “Tijolo a tijolo, dinheiro a dinheiro” é a música. Tijolo a tijolo é o show de Lucas Santtana. Cada canção é uma tijolada, pelo que há a mais em suas execuções ao vivo: os contornos do dub, as guitarras e sintetizadores de um Radiohead com açúcar mascavo. Não são características ausentes em Sem Nostalgia (2009), mas fosse o disco gravado da maneira que é tocado ao vivo, talvez o gênio do baiano brilhasse menos. Ou mais.

Um álbum cujo cerne é a desconstrução do violão, transposto para uma realidade em que violão não há – exceto nos samples e mashups que pontuam a apresentação. Se a banda havia sentido o nó na garganta ao entrar em cena e se ver sem público, ao fim do show a felicidade uníssona é a lei.

Início:
Lucas Santtana ainda não entrou no palco e já dá pra ficar xingando a cidade. Poucas dezenas de pessoas, cerveja gelada e o vazio do salão são tudo que espera o músico e compositor baiano, radicado no Rio e provavelmente frustrado com a primeira visita a Porto Alegre. O show é de lançamento do ótimo Sem Nostalgia, disco de 2009 que reinventou o banquinho e o violão, jogando-os na fogueira pagã-tropicalista que ainda incendeia nos confins do Nordeste. Mas nesta noite, o lance são guitarras e baixo. Três membros da Do Amor garantem essa parte, e sintetizadores e laptops já demarcam postos para outros dois integrantes. Há mais instrumentos que público, mas resta aquela esperança: poucas pessoas muitas vezes surpreendem. É meia-noite e dez, e o coração de “Cira, Regina e Nana” começa a bater.

 

 

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26/08/2011

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