Quando o assunto é música, o “melhor” e o “pior” ou o “bom” e o “ruim” é sempre uma questão de gosto. Porque, você bem sabe, cada um tem o seu.
Existem alguns álbuns, no entanto, que são unanimidade tanto nas opiniões consagradas como nas conversas de bar – e essa lista traz um Acabou Chorare aqui, um Transa ali e um Samba Esquema Novo acolá.
Pois se nas páginas da Noize #57 a gente levou você a percorrer o caminho do vinil em terras tupiniquins, aqui reunimos alguns desses discos que figuram entre os mais marcantes de todos os tempos.
Será que o seu favorito está aí?
O Poeta do Povo – João do Vale, 1965
João do Vale já havia viajado o país, mergulhado nos mais diversos estilos musicais e virado bróder de Luiz Gonzaga quando caiu nas graças dos intelectuais cariocas lá em meados dos 60’s. “Coroné Antonio Bento” foi depois imortalizada na voz de Tim Maia.
Samba Esquema Novo – Jorge Ben, 1963
Não é apenas um dos álbuns mais importantes da carreira de Jorge Ben e um marco na música afro-brasileira: é uma das obras mais influentes de todos os tempos, reverenciado por 10 entre cada 10 artistas tupiniquins.
Clube da Esquina – Milton Nascimento e Lô Borges, 1972
O coletivo fez borbulhar um verdadeiro caldeirão de sons em Clube da Esquina. Cantochão de igreja, baladismo beatle, bossa e jazz. Foi o álbum que colocou o sotaque mineiro na MPB de uma vez por todas.
Elis & Tom – Elis Regina e Tom Jobim, 1974
O maestro e a voz. Um álbum que trazia pérolas como “Só Tinha de Ser Com Você”, “Retrato em Branco e Preto”, “Por Toda a Minha Vida” e “Corcovado”.
Acabou Chorare – Novos Baianos, 1972
Alegria, malícia, diversão. Foi assim que os novos baianos Baby Consuelo, Moraes Moreira, Paulinho Boca de Cantor, Galvão e Pepeu Gomes escreveram seu nome na história da música brasileira com violões, cavaquinhos, bandolins e pandeiros. Quem já não cantou “Besta É Tu” ou “Brasil Pandeiro” com um sorrisão no rosto?
Os Mutantes – Os Mutantes, 1968
Foi o primeiro LP dos Mutantes. Foi a partir dali que Rita, Arnaldo e cia. cravaram sua insuperável inventividade roqueira no imaginário sonoro do Brasil.
Tropicália ou Panis et Circensis – Vários, 1968
Enquanto os estudantes saíam às ruas de Paris para reivindicar o que era seu, Caetano, Gil, Gal, Nara Leão, Tom Zé, Os Mutantes e o maestro Rogério Duprat instauravam um novo tempo na música brasileira. E nas artes, no cinema e na moda. Pode-se dizer que há o antes e o depois de Tropicália ou Panis et Circensis.
Baterista Wilson das Neves – Elza Soares, 1968
É aqui que está “Deixa Isso Pra Lá”, considerada um dos primeiros raps do país com o dueto entre a bateria de Wilson das Neves e a garganta de Elza.
Selvagem? – Paralamas do Sucesso, 1986
Depois de cinco anos de estrada, dois LPs, alguns hits e uma participação no Rock in Rio, os Paralamas resolveram engrossar a voz. “Alagados” e “Melô do Marinheiro” são a prova de que os cariocas abriram os olhos para o verdadeiro Brasil.
Nós Vamos Invadir Sua Praia – Ultraje a Rigor, 1985
Músicas como “Rebelde Sem Causa”, “Mim Quer Tocar”, “Ciúme” e “Eu Me Amo” comprovam: Roger Moreira é um dos compositores mais geniais da nossa geração oitentista. Só não vê quem não quer.
Da Lama ao Caos – Chico Science & Nação Zumbi, 1994
O disco tem forró, maracatu, frevo, samba, soul, heavy metal e punk rock. Tudo em uma mesma panela, salgado por uma poesia mezzo urbana mezzo praiana. O impacto da figura de Chico Science ainda hoje há de ser assimilado.
E eis, o infográfico na Noize #57: