Miami Horror volta ao Brasil em clima de festa para o MECA Festival

30/03/2016

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Marília Feix

Por: Marília Feix

Fotos: Divulgação

30/03/2016

Iluminadas são as pessoas que trabalham a favor da diversão geral. Ben Plant, produtor, baixista e tecladista do quarteto australiano Miami Horror é assim, movido pela expectativa do clima bom. Isso por que quando a banda sobe ao palco, quer que você se sinta em uma grande festa.

Ben começou sua vida musical em 2007, como DJ em house parties. Aos poucos foi se tornando um produtor reconhecido, remixando músicas para o Bloc Party, Tegan and Sara e Faker, até formar o Miami Horror e lançar seu primeiro disco chamado Illumination, em 2010. Por sinal, em 2011 estiveram pela primeira vez no Brasil e também conversaram com a NOIZE. De lá pra cá o quarteto já esteve em turnê junto com o Phoenix, La Roux, Simian Mobile Disco, Friendly Fires e Lilly Allen. Atualmente estão promovendo o seu segundo álbum All Possible Futures, de 2015.

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Trocamos uma ideia com Ben Plant antes de sua volta ao Brasil para dois shows no MECA Festival, um em São Paulo, nesta quinta, dia 31 de março e outro em Porto Alegre, dia 2 de abril.

Você começou sua carreira na música como DJ, essa formação ajuda na hora de planejar o clima dos shows?
Claro, isso sempre me ajudou a ter uma outra mentalidade. Quando eu comecei a tocar ao vivo, não haviam muitas bandas que “mixavam” uma música na outra durante um show. Então esse sempre foi um foco, manter o clima e fazer um show contínuo, como um set de DJ mesmo.

All Possible Futures é um disco pop e ensolarado, mas ao mesmo tempo noturno. Esse era o objetivo da sonoridade do álbum antes de vocês entrarem em estúdio?
Na verdade aconteceu naturalmente, ao longo das gravações. Quando começamos a compor, a gente planejava muito, pensava antes, talvez de um jeito mais imaturo. Agora a gente só ama fazer diferentes tipos de música, sem planejar tanto, a gente deixa rolar, é mais livre.

Essa mudança é notável entre um disco e outro, essa liberdade.
Acho que sempre faz bem abrir sua cabeça para novas ideias. Isso alivia o stress. Antes nós costumávamos trabalhar duro para chegar ao resultado que queríamos em cada música, mas para APF, a gente aceitou nossas ideias com mais liberdade.

E o processo de gravação de All Possible Futures também foi mais analógico do que o de Illumination. Isso ajuda na hora de apresenta-lo ao vivo?
Em alguns aspectos sim. Gravamos pensando mais em tocá-lo ao vivo. Há mais guitarras, soa mais como uma banda mesmo. Também foi dirigido de um jeito mais experimental.

Como produtor, você está trabalhando em alguma colaboração atualmente?
Tenho meus projetos de dance music paralelamente ao Miami Horror. Produzi um artista de pós punk chamado Marc Baker e sua música deve ser lançada em breve. Também tenho trabalhado com uma série de novos artistas, como Gavin Turek, por exemplo.

Vocês já estiveram em turnê junto com grandes nomes como Kimbra, Lily Allen, Phoenix e La Roux. Qual tour foi mais marcante, na sua perspectiva?
Sair em turnê com o Phoenix foi incrível. Eles são uma inspiração, tanto como músicos quanto como pessoas.

Se você tivesse como escolher uma banda para dividir um line up, qual seria?
Essa é difícil… Eu poderia citar muitos nomes antigos, já que é difícil de se encontrar bandas legais, novas, e com grande exposição hoje em dia. Mas acho que se eu tivesse a chance, gostaria de ter feito uma turnê com o David Bowie.

Você disse em outra entrevista que nunca é tarde para ir atrás de um sonho. Qual é o seu?
Pessoalmente, neste momento eu tenho dois: ser um músico e produtor de sucesso e desenhar e construir casas.

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30/03/2016

Marília Feix

Marília Feix