“No Meu Umbigo”: Lavínia estreia com participações de Otto, Beto Barreto e Pupillo

25/04/2024

Powered by WP Bannerize

Erick Bonder

Por: Erick Bonder

Fotos: Matheus de Jesus

25/04/2024

Na última sexta-feira, 19/4, a cantora e compositora baiana Lavínia lançou seu álbum de estreia No Meu Umbigo, com participações de Otto, Banda de Pífano de Caruaru, Beto Barreto, entre outros nomes. Passando por influencias diversas, como a bossa nova e a tropicália, a artista contou com Pupillo, na produção de “Conselho”, e Apollo Nove, na produção de “Linho Branco”.

“Desde muito nova que eu escuto de tudo e sou completamente influenciada pela poesia, pelos ritmos, pelas vozes do nosso país. Música boa não envelhece, é atemporal. Então, na minha composição, é natural que toda essa bagagem venha à tona. Com certeza No Meu Umbigo é uma miscelânea daquilo que eu amo, consumo e daquilo que mora em mim”, declarou Lavínia à NOIZE.



Nos dias 26 e 27 de abril, a cantora abrirá os shows de Otto em comemoração aos quinze anos de Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos (2009), no Circo Voador, no Rio de Janeiro, e no Cine Joia, em São Paulo. “O que eu desejo de coração é que o álbum chegue nas pessoas e as toque de maneira bem bonita, que a minha sinceridade presente em cada canção seja sentida por quem escutar as músicas. E que venham muitos shows, para que eu possa encontrar essas pessoas no meu lugar preferido do mundo, o palco”, disse sobre as expectativas sobre o álbum.

Abaixo, confira o faixa a faixa feito por Lavínia, falando sobre cada uma das canções de No Meu Umbigo.

*


Faixa a Faixa

1. “Deus Está Solto”: Fala de onde eu venho, do meu chão, que é o Teatro Vila Velha, fala também de Tom Zé, uma das minhas referências, um artista fora da curva. Eu gosto de quem caminha além da margem. É uma vinheta bem tropicalista para abrir o álbum apresentando a artista que sou.


2. “No Meu Umbigo”: É uma escrita bem na primeira pessoa, sabe? O trecho ‘Eu te quero sempre viva, atenta, forte e bonita’ é um recado passado para mim mesma, que confirma minha fé no amor próprio como caminho para seguir em frente sempre. Essa foi a faixa que eu mostrei a Caetano Veloso quando o conheci num réveillon em Salvador, porque nela faço menção a ‘Estranho Amor’, canção linda de sua autoria. Ele escutou com toda atenção, de olhos fechados, e quando acabou falou “no meu umbigo”, conta. Não tive dúvida, a expressão virou título da música e batizou todo o álbum também. O umbigo me lembra o nascimento, o nascer desse trabalho.


3. “Mágoa”: É uma parceria minha com meu amigo Edil Pacheco, sambista baiano incrível, compositor gravado por Clara Nunes, Alcione, tanta gente boa. É uma faixa muito linda onde a gente fala de um desamor com esperança. Nela, eu fui presenteada com a participação luxuosa de Ivan Sacerdote, que é um excepcional flautista baiano. É uma canção que eu gosto muito.


4. “Linho Branco”: Ela me remete ao universo de Rita Lee, desde que eu compus associei àquele clima delicioso de Rita e Roberto. A participação de Apollo Nove, produtor musical fantástico de São Paulo, trouxe uma textura quente à música, com os efeitos super acertados que ele colocou.


5. “Conselho“: É uma música que falo sobre não se apegar a um amor pequeno, sobre não se encolher para caber. A produção da canção inclui a participação de mulheres convidadas, amigas ou familiares da artista, que, alternadamente, e de forma anônima, enaltecem as mulheres e celebram a força feminina, numa espécie de canto coletivo. Chamei amigas para participar cantando, recitando conselhos no final da música. Acho muito bonito porque estão ali mulheres de gerações e carreiras tão diversas. É uma música muito feminina que eu tenho muito orgulho, um sambinha gostoso com um recado importante para as mulheres.


6. “Venha Pra Bahia”: É uma música que nasceu de uma reflexão que eu tive depois de uma conversa com meu querido amigo e diretor, Amir Haddad, sobre sermos seres etéreos e feitos de uma matéria mágica. É basicamente sobre isso, sobre ser pó de estrela.


7. “Hotel Solar“: É uma declaração de amor à minha cidade, Salvador. Escrevi, fiz a melodia, achei muito potente, mas senti que faltava alguma coisa. Quando fui para o Círio de Nazaré, em Belém, conheci seu Manoel Cordeiro, um maestro incrível, que ao escutar a canção me ajudou a finalizar e colocou todo o tempero do Pará. Digo que é uma deliciosa mistura de Salvador e Belém.


8. “Mon Amour”: O trecho ‘Não entendo nada de signos, mas acredito nas estrelas’ é uma contradição deliciosa que faz da música um forrozinho, um xote muito gostoso. É uma música divertida, que tem a participação de dois integrantes da Banda de Pífano de Caruaru.


9. “Pinta Um Baião“: Eu estava meio triste em casa e Otto falou: ‘vamos animar, Lavínia, e cantarolou a frase ‘pinta um baião’… Ele queria continuar e eu falei: ‘não faça mais nada’. Me tranquei no quarto e escrevi a canção em uns três minutos. É uma música que traz muitos elementos eletrônicos, toques, batidas, um canto de cura, de memória ancestral. Uma música que fecha o álbum e convoca para o novo que vem aí.


LEIA MAIS

Tags:, , , , , ,

25/04/2024

Erick Bonder

Erick Bonder