O show mais importante da Trupe Chá de Boldo

20/05/2011

The specified slider id does not exist.

Powered by WP Bannerize

Avatar photo

Por: Revista NOIZE

Fotos:

20/05/2011


Por Victor Sá |

Sexta-feira,13,  São Paulo. A Trupe Chá de Boldo deixa de lado toda a mística que a data carrega e realiza um dos shows mais importante de sua carreira. Com o auditório do Ibirapuera quase lotado, a banda apresentou canções do seu primeiro trabalho, o elogiado “Bárbaro”, e músicas ainda inéditas do futuro álbum. A revista Noize trocou uma idéia com o Galo, vocalista e compositor da Trupe. Acostumado com palcos menores, ele falou sobre as dificuldades e vantagens de tocar num dos palcos “mais interessantes de São Paulo”:

*

Noize: Esse foi realmente o show mais importante da carreira de vocês?

Galo: Está entre o mais importantes. Eu colocaria junto desse show, a primeira vez que a gente tocou no Sesc Pompéia, no “Prata da Casa”, acho que em 2008, se não me engano. E um show que a gente fez no Teatro Oficina também, em 2009. Junto com esses dois o do auditório. Fazia muito tempo que a gente não fazia um show desses, num lugar que causasse um “uau que tesão a gente tocar aqui!”

Noize: E logo numa sexta-feira 13. Rolou alguma preocupação com isso?

Galo: Agente fez muito alarde por ser sexta 13, mas acho que o clima tava muito gostoso. E como a gente tava com pessoas como a Alzira, como o Rubi que têm uma energia das mais gostosas que a gente já conviveu, então o clima foi tranqüilo o dia inteiro. Uma paz. O pessoal muito tranqüilo. Então a gente ficou numa boa. Não pesou nada.

Noize: Você citou a Alzira, o Rubi que participaram do show. Também teve a presença do Tatá Aeroplano, e outros. Os shows de vocês sempre contam com a participação de várias pessoas, né? Essas parcerias se dão como? Só pela amizade, afinidade artística, ou uma coisa não dá pra separar da outra?

Galo: Então, eu acho que uma coisa não é separada da outra. A gente acaba ficando muito próximo e estabelecendo relações de amizade com pessoas com as quais a gente aprecia o som. Por exemplo, a gente conheceu o Tatá e ele modificou nossa música. Então a gente é muito afetado por essas pessoas e acaba estabelecendo uma relação de amizade. A gente é parceiro dos nossos amigos, e nossos amigos são nossos parceiros.

Noize: Cara, o lance da parede do auditório abrir atrás de vocês durante a última música, “Bárbaro”, foi apoteótico. Quem pensou naquilo? ( O auditório do Ibirapuera tem um mecanismo em que o cenário e a parede de trás do palco se levantam, tornando, assim, o parque do Ibirapuera o pano de fundo da banda.)

Galo: Esse show, eu preciso valorizar isso, teve uma direção de gente da banda. O Guto (Nogueira) que é percussionista e ator, dirigiu junto do Wagner que é nosso iluminador. Os dois são de teatro, tem uma visão muito bacana do que colocar no palco e tal. Então esse final de show foi sugestão deles e a gente abraçou a idéia. E a gente já sabia dessa possibilidade de abrir o auditório porque vimos que rolava no show da Tulipa. E tem relação com a história do “Bárbaro”. Tá lá na música “À Lina”,  “eu quero quebrar as paredes”, a capa que é os pelados no muro. Então, a cidade tem que invadir um pouco o espaço do show. A cidade tem que invadir todos os lugares. A gente gosta disso.  É uma coisa que interessa bastante.

Noize: E tocar para uma plateia sentada? Como foi? Incomodou?

Galo: Não foi só tocar pra plateia sentada. Porque recentemente a gente tem tocado mais pras pessoas sentadas. Mas o que mais incomodou nesse lance é que é impressionante como é longe o palco da platéia no auditório. Eu não sabia se as pessoas estavam gostando ou não do show. A distância foi mais difícil do que as pessoas ficarem sentadas.

Noize: E o cenário, quem fez?

Galo: O Marcelo Ferraz, que além de pai do Mumu nosso saxofonista, é um baita arquiteto. E ele tinha esse cenário que ele fez, se não me engano, pra Bethânia um tempo atrás e que não rolou. Não rolou, mas ele guardou o cenário e quando ele ficou sabendo que a gente ia fazer no auditório ele perguntou se a gente não queria usar.

Noize: E depois do show, pra onde vocês foram?

Galo: A gente queria ir pra Brasa Mora, que é a casa onde a gente mora. Só que a casa Brasa Mora tá muito visada pela polícia agora…(rs) Então fomos pra um bar na Vila (Madalena), mesmo. Foi uma balada muito gostosa, muito boa mesmo.

Victor Sá é colaborador da Noize e publica também em victorsas.wordpress.com

Tags:

20/05/2011

Avatar photo

Revista NOIZE