Filho de um executivo e uma dona de casa, a mistura que tinha tudo para dar origem a mais um empresário ou, quem sabe, um advogado deu em algo inesperado. Serguei, ou Sérgio Augusto Bustamante, nasceu no Rio de Janeiro e recebeu o apelido do amigo russo que jamais foi capaz de pronunciar o seu nome direito.
Quem conhece a figura jamais imagina que esse cidadão (ou quase isso) trabalhou num banco e também foi comissário de bordo da Varig. Depois de uma bebedeira, foi demitido e resolveu ir para os Estados Unidos no final dos anos 60. Esteve presente no festival de Woodstock, em 1969, e isso foi decisivo, pois lá se envolveu com ninguém menos que Janis Joplin.
Em uma entrevista para a IstoÉ, surpreendeu falando sobre sua sexualidade:
Serguei, você é gay?
A minha alma é de puta. Sou pansexual. Vivo com o espírito nu. Sempre gosto de estar pelado. Tive milhares de amantes. Minha virilidade é de um homem de 30 anos. Sem sexo, fico nervoso. Recentemente, numa tarde de verão, aconteceu um episódio fascinante: andava pelo mato quando vi um cajueiro lindíssimo. Encostei na árvore e comecei a fazer amor. Gozei enlouquecidamente. Minha vida é assim. Adoro beijar na boca.
(Logo depois, Serguei desmentiu a história e confessou que foi apenas um momento 5×1 no meio da natureza.)
Como você conheceu Janis Joplin?
Foi no festival do Parque em Long Island, EUA. Meu amigo Laudir de Oliveira, percussionista da banda Chicago, vinha pela estrada com uma cigana muito louca. Era ela. No dia seguinte, ela foi ver o show da minha banda. Ficamos juntos e fizemos muito sexo. Fomos para a Califórnia e ela me apresentou para várias estrelas: Jim Morrison, Jimi Hendrix, Kris Kristofferson… Nosso caso de amor se transformou em lenda e terminou no Rio de Janeiro.
O cara conta que ganhou um beijo no pescoço do Jim Morrison e diz que não o lava desde então. Ok.
A casa de Serguei é em Saquarema, onde ele mantém o Templo do Rock, com fotos, quadros, discos, artefatos e tudo que relacione a sua vida com o rock.
