_pra ler ouvindo: “Willie The Pimp”
Reza a lenda que Frank Zappa fez coco – e comeu – no palco. Mas ele certamente prefere ser lembrado como o cara defensor ferrenho da liberdade de expressão, o radical contra as ditaduras, das letras ácidas e de um estilo musical quase impossível de se definir. Um dos guitarristas mais originais de todos os tempos.
A história
Começou como baterista na época do colégio. Anos 50, quando também começou a escrever música clássica. Não usava droga nenhuma – só café, cigarros e uma placa nuclear no septo. E músico politizado que era, até considerou concorrer à Presidência dos Estados Unidos.
A carreira
Trinta anos na ativa como compositor, guitarrista, produtor de gravação e diretor de cinema. Foi do rock à música clássica – passeando pelo jazz e pela música eletrônica. Além da carreira solo, Zappa liderava a The Mothers of Invention entre os anos 60 e 70 – e gravou 60 discos com os caras.
Morreu em 1993, aos 52 anos, de câncer de próstata.
Três anos após sua morte, entrou no Rock and Roll Hall of Fame sendo considerado “a mente musical mais perspicaz e mais crítica socialmente do rock and roll”. Bateu ponto na lista dos melhores guitarristas (22º) e na dos Top 100 Artistas de todos os tempos.
Conquistas
Sobrevivieu a um incêndio provocado por um membro da plateia em um show na Suiça – que destruiu todo o equipo do The Mothers of Invention.
Uma semana depois: outro ataque público. Alguém o empurrou pra fora do palco, atirando o cara num fosso de concreto.
Resultado: trauma na cabeça, ossos quebrados e a laringe espremida. Sua voz desceu uma terça, e ficou de cadeira de rodas por um tempo. E pra piorar, com uma perna maior que a outra pra sempre.
Também caiu numa cilada da polícia, que encomendou um áudio polêmico pra uma suposta despedida de solteiro. A consequência: seis meses atrás das grades pela acusação de “conspiração para cometer pornografia”. Pra completar, os tiras recolheram todo o material gravado de seu estúdio da época. Que veio a falir, claro.
A explicação
Tamanho foi o alcance da história sobre o coco no palco – que mesmo você querendo muito que seja verdade – o cara praticamente abriu a autobiografia, The Real Frank Zappa Book, negando o “causo”.
Zappa era uma criança doente, talvez pela exposição ao gás mostarda do arsenal químico de onde seu pai trabalhava. Constantemente com problemas respiratórios, lhe coube um tratamento com uma pastilha de rádio em cada narina. Pois é, nos anos 50 não se sabia muito sobre radioatividade.
Toda semana, adicionamos mais um nome à nossa lista sem noção.
No final do ano, você vai escolher o grande #1.
Vai se esforçando, quem sabe dá tempo de você entrar aqui.