Rapidinha com Xico Sá

17/08/2009

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Por: Revista NOIZE

Fotos:

17/08/2009

São muitos os lugares onde Xico Sá pode ser encontrado. Nas bancas, seus textos estão em veículos como o jornal Folha de S. Paulo e as revistas Trip e TPM. Na televisão, ele dá pinta nos programas Notícias MTV e Cartão Verde (TV Cultura). Escritor dos bons, também pode ser encontrado nas melhores livrarias, em títulos como Modos de Macho & Modinhas de Fêmea (Record, 2003) e Caballeros Solitários Rumo ao Sol Poente (Editora do Bispo, 2007). Na música, aparece como co-autor em canções do mundo livre s/a. No cinema, pode ser visto em uma participação no filme O Cheiro do Ralo e como co-roteirista de Deserto Feliz, de Paulo Caldas. Nosso encontro, porém, se deu na internet, onde Xico é superativo. Além de editar o ótimo blog O Carapuceiro, ele sempre aparece no Twitter e no Facebook, por onde combinamos esta rapidinha.

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O que você ouve antes de dormir?
Ultimamente só tem dado Leonard Cohen na cabeceira. Mas quando estou desesperado, a receita é Rolling Stones, sinuca e muitos uísques duplos.

Que som embalou sua iniciação sentimental?
Roberto Carlos, Beatles, Odair José y cha-cha-chás cubanos.

Qual a última frase que você escreveu antes de começar esta entrevista?
Tem uma dor medieval que faz um homem ganhar o mundo sem maiores explicações – disse ele. (Do romance que estou terminando de escrever, que se chama Big Jato.)

Que celebridade gostaria de entrevistar e qual a primeira pergunta que faria à ela?
Iggy Pop. Pergunta: qual o segredo?

Que música te excita?
Aquelas dos balcãs, que tocam nos casamentos dos filmes do (cineasta e músico sérvio Emir) Kusturica. Dá vontade de sair quebrando tudo.

Alguém já fez uma música pra você?
Fiz algumas em parceria com o mundo livre s/a, mas ainda não mereci uma exclusiva.

Se você fosse mulher e groupie, de que banda seria?
Seria groupie do Love (do Arthur Lee) e do Captain Beefheart.

De quem gostaria de ter herdado o talento?
10% de algum desses escritores: William Faulkner, Graciliano Ramos, John Fante, Bukowski… Já estaria de bom tamanho.

Você tem algum segredo que gostaria de revelar agora?
Estou muito excitado com essas perguntas, baby.

“Sexo, drogas & rock’n’roll” ou “Samba, suor & cerveja”?
Já passei por todas essas fases, mas sambando como gringo em um terreiro do Santo Daime.

Sua vida daria um filme?
Com Peter Sellers no papel principal. E trilha do Wander Wildner com letras em portunhol selvagem.

De quem gostaria de escrever a biografia? Qual seria o título?
Do Sócrates, o jogador, não o grego. E é o que estou escrevendo agora. A quatro mãos, com um amigo, o Vladir Lemos, jornalista da TV Cultura. Ainda não temos título. Aceitamos sugestões. Chegamos a pensar em “O médio e o monstro”, mas o Robert L. Stevenson iria se revirar no túmulo, mesmo sabendo que era apenas uma citação.

Você é a versão humana de que música?
Nesse exato momento de I’m Your Man, do viejo Cohen. Mas a primeira que ouvi agora, ao acordar, foi In the Death Car, de Iggy Pop e Goran Bregovic, essa sempre foi trilha para despertar para a vida às segundas. Cha cha cha du loup, do Gainsbourg, já ocupou também esse espaço.

Qual a trilha sonora perfeita pra uma orgia gastronômica?
Sozinho, Fome de Tudo, da Nação Zumbi. Acompanhado, um vinil do Floyd Kramer, que foi pianista do Elvis e tem belas coletâneas de músicas para comer em todos os sentidos humanos e animais.

Por que você é apaixonante?
Eu não sabia.

Já pegou a estrada atrás de uma banda?
Muitos ônibus e kombis com o mundo livre s/a pré-mangue beat e um navio com o Rei Roberto, para uma reportagem na revista Trip.

Foto: Arquivo Pessoal

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17/08/2009

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